Spurgeon e os Charutos

Eu Voluntariamente os Amarei por Charles Haddon Spurgeon “ Eu voluntariamente os amarei ” (Oséias 14:4, RC) Esta frase é a...

quinta-feira, 25 de agosto de 2016

Mordomia Cristã com a Criação


Que os homens nos considerem, pois, como ministros de Cristo, e mordomos dos mistérios de Deus. Ora, além disso, o que se requer nos mordomos é que cada um seja encontrado fiel.” 1Co 4:1-2

Mordomia é quando você se torna responsável por administrar algo que foi posto sob sua responsabilidade, vemos muito em filmes onde o mordomo é designado a tomar conta das tarefas de uma casa e o patrão não se preocupa com nada, os detalhes da casa ficam a cargo do mordomo e é tarefa dele se ocupar com as compras da casa, com pagamento dos funcionários, com as refeições dos patrões e que estejam postos na mesa quando for a hora certa.
Quando eu era criança meu pai pediu, não sei por que, para digitar algumas paginas de um livro chamado “Mordomia Cristão” lembro que na época me chamou bastante atenção o titulo do livro e antes de começar a digitar perguntei ao meu pai sobre o livro, ele falou que o livro falava sobre a responsabilidade do discípulo de Cristo em administrar as coisas que Deus nos dá e o livro tratava sobre família, dinheiro e a criação.
Na questão da família ele tratava sobre os cuidados do marido em relação a esposa e vice-versa também os cuidados dos pais com a educação religiosa e social dos filhos e como uma família cristã deveria se comportava diante da sociedade.
A questão de dinheiro falava da responsabilidade do uso consciente dos recursos que Deus nos confia, uso na compra de bens matérias não para mostrar as outras pessoas e esbanjar, mas para necessidades que acontecem, ajuda aos pobres e no uso para o crescimento de obras que verdadeiramente proclamem o evangelho de Cristo.
E o ultimo ponto era sobre a mordomia em relação a criação e todos os aspectos dela flora e fauna. São muitas as passagens bíblicas que visam inculcar nas pessoas uma postura de respeito e admiração pelos sublimes encantos do mundo natural (Jó 40:15-19; Sl 65:9-13; 147:7-9,15-18; 148:1-10; Ct 2:11-13; At 14:17) e depois de tanto tempo que o li, esse ponto a mais de 15 anos atrás, tive uma aula no seminário a respeito disso e depois de mais alguns anos fiquei surpreendido lendo o um capitulo do livro que estamos estudando no Grupo familiar da UPA “o discípulo radical” que fala sobre o cuidado que discípulo deve ter com a criação e durante o debate dentro do grupo percebemos que não é um tema muito falado nas igrejas, todavia este comportamento tem mudado e tem que mudar, nosso comportamento com a natureza tem que ser algo pratico, temos que sair da teoria e praticar o correto, vamos reciclar, não jogar lixo no chão, não desperdiçar agua. Cuidar de todas as coisas que Deus nos deu não é uma opção é uma obrigação.

M. Elias Neto

Graça

 Ef 2.10





Desde a mais tenra idade aprendemos na escola bíblica dominical que graça é um favor imerecido, nos dão vários exemplos para que seja fixada em nossa mente o que é graça, mas com o passar do tempo essa percepção vai sendo esquecida, entra nos jargões evangeliques, “só a graça irmão”, que fazem com que a palavra perca a força ou significância. a pergunta é: o que é graça? Como se manisfesta a graça de Deus?

Graça é, portanto, uma intervenção divina em favor do ser humano exercendo sobre ele Sua misericórdia, independentemente de qualquer ato de justiça própria que tal ser humano possa fazer e é demonstrada por Deus em todos os aspectos da vida humana, sempre a graça é iniciada por Deus, ela vem do alto como a chuva, qualquer fresta, rachadura, ela é capaz de preencher, nada a pode impedir.

Tudo a nossa volta é graça

É Graça fazer parte da criação
É Graça nascer, crescer, reproduzir e morrer
É Graça amar e ser amado
É Graça ver nossos filhos e netos crescerem
É Graça poder ver ou sentir o que esta a nossa volta
É Graça poder cantar, dançar e se divertir
É Graça ter forças para trabalhar

Mas tem outras coisas que é graça divina é não desejamos

É Graça sofrer por Cristo - (Fp. 1:29)
É Graça podermos contribuir na igreja - (II Cor. 8:1,2)

Não vemos como graça o sofrimento porque vivemos uma vida tranquila de liberdade de falar sobre nossa fé, podemos nos reunir no Parque Dona Lindu sem nenhum problema, cantamos e conversamos sobre o evangelhor na maior paz, e com essa abertura para a pregação essa noção da graça de sofrer por Cristo não faz parte do nosso cotitiano, vivemos numa sociedade do não-sofrimento e impregnados de uma teologia que não aborda esse assunto.


Graça é a concessão de bondade a alguém que não tinha direito

M. Elias Neto

 Humildade

 Jo 3:22-36



    Devemos tentar explicar o que é humildade ou o que é ser humilde, normalmente quando falamos de uma pessoa que não tem condições financeiras nós usamos de eufemismo, falamos que a pessoa é humilde, mas quantas pessoas já conhecemos que é pobre e a última coisa que a pessoa é é humilde, também de outro modo, conhecemos pessoas que tem condições financeiras e é humilde.

Humildade = Vem do latin humus .'. que significa terra.

Humildade não tem nada a verr com condições financeiras, é uma predisposição em não se projetar sobre as outras pessoas, nem querer mostrar ser superior a elas.

Sempre existe o ideal e o real, por exemplo: o ideal é que todos tenham educação, mas (aqui está o ponto) nem todos são bem educados, o ideal é que todos saibam ler, porem, só uma parte da população é letrada. No caso da humildade também existe este mesmo ponto, o ideal é que todos os cristãos sejam humildes, mas o real é que nem todos são.

A nossa meta é ser semelhante a Jesus, aquele que tudo foi feito por e para Ele. Que é desde o principio, Verbo Encarnado como esta em João 1.1, verbo que Heráclito, 200 anos antes de João, disse que rege toda a ascendência e descendência do universo, quem Paulo diz que nele habita corporalmente toda plenitude de Deus. Dito isto vemos que Ele é Deus, mas mesmo assim não usou das usas prerrogativas para nos menosprezar, como faziam os deuses da mitologia grega, todavia ele se humilha para nos elevar a Deus, Jesus é o exemplo do ideal de humildade.

Nesses versos joão é o exemplo do real, aquele que dentro de todas as limitações de homem pecador conseguiu ser humilde. João nos da uma aula de humildade, que podemos usar em nossa vida publica e espiritual.

O versículo 22 e 23 relatam como uma confusão inicia, alguém chega para João e diz que Jesus estava batizando em algum lugar perto de onde João batizava e as pessoas estão indo a procura de Jesus, a freqüência no batismo de joão tinha caído. E agora joão, como lidar com essa confusão? João teve duas opções de reação: ou ser egoísta e gananciosa.ou ser humilde, a que ele escolheu foi ser humilde.

27 Respondeu João: O homem não pode receber coisa alguma, se não lhe for dada do céu.

28 Vós mesmos me sois testemunhas de que eu disse: Não sou o Cristo, mas sou enviado adiante dele.

Nessa declaração de João já podemos perceber o que é humildade, vamos perceber o seguinte, ele sabe que recebe tudo de Deus - Tiago 1:19

Ele sabe que não é o cristo, mas sabe que foi enviado para o anunciar. Ele sabe bem quem é e não quer se mostrar superior a que foi enviado e nem a quem veio a anunciar. Ele exemplifica com uma pequena ilustração.


29 Aquele que tem a noiva é o noivo; mas o amigo do noivo, que está presente e o ouve, regozija-se muito com a voz do noivo. Assim, pois, este meu gozo está completo.

30 É necessário que ele cresça e que eu diminua.


Um historiador relata que o casamento hebreu, era comum o melhor amigo do noivo ser responsável por todos os preparativos do casamento, iniciava o casamento e o mais importante da festa era o melhor amigo que organizou a festa e com o passar do tempo e com os acontecimentos da cerimonia ele ia se apagando e o noivo vai brilhando, João sabe que ele teve a importância de anunciar, mas tem a consciência que durante o passar do tempo cristo deve brilhar e ele apagar.

No versiculo 30 o tempo verbal em grego é um tempo continuo, que ele cresça constantemente e que eu diminua constantemente.


Que a cada dia Cristo apareça em nossos atos e que nosso egocentrismo diminua sempre a cada dia.



M. Elias Neto

quarta-feira, 24 de agosto de 2016

Maçonaria dentro de Igrejas Evangélicas, Batista e Presbiteriana são as preferidas



Ela costuma causar nos crentes um misto de espanto e rejeição. Pudera – com origens que se perdem nos séculos e um conjunto de ritos que misturam elementos ocultos, boa dose de mistério e uma espécie de panaceia religiosa que faz da figura de Deus um mero arquiteto do universo, a maçonaria é normalmente repudiada pelos evangélicos.
Contudo, é impossível negar que a história maçônica caminha de mãos dadas com a do protestantismo. Os redatores do primeiro estatuto da entidade foram o pastor presbiteriano James Anderson, em Londres, na Inglaterra, em 1723, e Jean Desaguliers, um cristão francês.
Devido às suas crenças, eles naturalmente introduziram princípios religiosos na nova organização, principalmente devido ao fim a que ela se destinava: a filantropia. O movimento rapidamente encontrou espaço para crescer em nações de tradição protestante, como o Reino Unido e a Alemanha, e mais tarde nos Estados Unidos, com a colonização britânica. Essa relação, contudo, jamais foi escancarada. Muito pelo contrário – para a maior parte dos evangélicos, a maçonaria é vista como uma entidade esotérica, idólatra e carregada de simbologias pagãs.
Isso tem mudado nos últimos tempos. Devido a um movimento de abertura que atinge a maçonaria em todo o mundo, a instituição tem se tornado mais conhecida e perde, pouco a pouco, seu aspecto enigmático. Não-iniciados podem participar de suas reuniões e cada vez mais membros da irmandade assumem a filiação, deixando para trás antigos temores – nunca suficientemente comprovados, diga-se – que garantiam que os desertores pagavam a ousadia com a vida. A abertura traz à tona a uma antiga discussão: afinal, pode um crente ser maçom? Na intenção de manter fidelidade à irmandade que abraçaram, missionários, diáconos e até pastores ligados à maçonaria normalmente optam pelo silêncio. Só que crentes maçons estão fazendo questão de dar as caras, o que tem provocado rebuliço.
A Primeira Igreja Batista de Niterói, uma das mais antigas do Estado do Rio de Janeiro, vive uma crise interna por conta da presença de maçons em sua liderança. A congregação já estuda até uma mudança em seus estatutos, proibindo que membros da sociedade ocupem qualquer cargo eclesiástico.
Procurada por CRISTIANISMO HOJE, a Direção da congregação preferiu não comentar o assunto, alegando questões internas. Contudo, vários dos oficiais da igreja são maçons há décadas: “Sou diácono desta igreja há 28 anos e maçom há mais de trinta. Não vejo nenhuma contradição nisso”, diz o policial rodoviário aposentado Adilair Lopes da Silveira, de 58 anos, mestre da Loja Maçônica Silva Jardim, no município de mesmo nome, a 180 quilômetros da capital fluminense.
Adilair afirma que há maçons nas igrejas evangélicas de todo Brasil, dezenas deles entre os membros de sua própria congregação e dezesseis entre os 54 membros da loja que frequenta: “Por tradição, a maioria deles é ligada às igrejas Batista ou Presbiteriana. Essas são as duas denominações em que há mais a presença histórica maçônica”, informa.
Um dos poucos crentes maçons que se dispuseram a ser identificados entre os 17 procurados pela reportagem, o ex-policial acredita que a sociedade em geral, e os religiosos em particular, nada têm a perder se deixarem “imagens distorcidas” acerca da instituição de lado. “Há preconceito por que há desconhecimento. Alguns maçons, que queriam criar uma aura de ocultismo sobre eles no passado, acabaram forjando essa coisa de mistério”, avalia. “Já ouvi até histórias de que lidamos com bodes ou imagens de animais.
Isso não acontece”, garante. Segundo Adilair, o único mistério que existe de fato diz respeito a determinados toques de mão, palavras e sinais com os quais os maçons se identificam entre si – mas, segundo ele, tudo não passa de zelo pelas ricas tradições do movimento, que, segundo determinadas correntes maçônicas, remontam aos tempos do rei hebreu, Salomão. E, também, para relembrar tempos difíceis. “São práticas que remontam ao passado, já que nós, maçons, fomos muito perseguidos ao longo da história”.
Adilair adianta que não aceitaria uma mudança nos estatutos da igreja para banir maçons da sua liderança. Tanto, que ele e seus colegas de diaconato que pertencem ao grupo preparam-se para, se for o caso, ingressar na Justiça, o que poderia desencadear uma disputa que tende a expor as duas partes em demanda. Eles decidiram encaminhar uma cópia da proposta do regimento ao presidente do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro, desembargador Luiz Zveiter. “Haverá uma enxurrada de ações na Justiça se isso for adiante, não tenho dúvidas”, afirma o diácono. A polêmica em torno da adesão de evangélicos à maçonaria já provocou até racha numa das maiores denominações do país, a Igreja Presbiteriana do Brasil (IPB), no início do século passado (ver abaixo).
O pastor presbiteriano Wilson Ferreira de Souza Neto, de 43 anos, revela que já fez várias entrevistas com o intuito de ser aceito numa loja maçônica do município de Santo André, região metropolitana de São Paulo. O processo está em andamento e ele apenas aguarda reunir recursos para custear a taxa de adesão, importância que é usada na manutenção da loja e nas obras de filantropia: “Ainda não pude disponibilizar uma verba para a cerimônia de iniciação, que pode variar de R$ 1 mil a cinco mil reais e para a mensalidade. No meu caso, o que ainda impede o ingresso na maçonaria é uma questão financeira, e não ideológica” diz Wilson, que é mestre em ciências da religião pela Universidade Presbiteriana Mackenzie e estuda o tema há mais de uma década.
“Pessoas próximas sabem que sou maçom e isso inclui vários membros de minha igreja”, continua o religioso. “Alguns já me questionaram sobre isso, mas após várias conversas nas quais eu os esclareci, tudo foi resolvido”. Na mesma linha vai outro colega de ministério que prefere não revelar o nome e que está na maçonaria há sete anos. “Tenho 26 anos de igreja, seis de pastorado e posso garantir que não há nenhuma incompatibilidade de ser maçom e professar a fé salvadora em Cristo Jesus nosso Senhor e Salvador”, afirma. Ele ocupa o posto de mestre em processo dos graus filosóficos e diz que foi indicado por um pastor amigo. “Só se pode entrar na maçonaria por indicação e, não raro, os pastores se indicam”. Para o pastor, boa parte da intolerância dos crentes em relação à maçonaria provém de informações equivocadas transmitidas por quem não conhece suficientemente o grupo.

“SEM CAÇA ÀS BRUXAS”

Procurados com insistência pela reportagem, os pastores Roberto Brasileiro e Ludgero Bonilha, respectivamente presidente e secretário-geral do Supremo Concílio da IPB, não retornaram os pedidos de entrevista para falar do envolvimento de pastores da denominação com a maçonaria. Mas o pastor e jornalista André Mello, atualmente à frente da Igreja Presbiteriana de Copacabana, no Rio, concordou em atender CRISTIANISMO HOJE em seu próprio nome. Segundo ele, o assunto é recorrente no seio da denominação.
“O último Supremo Concílio decidiu que os maçons devem ser orientados, através do Espírito Santo, sem uso de coerção ou força, para que deixem a maçonaria”, conta Mello, referindo-se ao Documento CIV SC-IPB-2006, que trata do assunto. O texto, em determinado trecho, considera a maçonaria como uma religião de fato e diz que a divindade venerada ali, o Grande Arquiteto do Universo, é uma entidade “vaga”, sem identificação com o Deus soberano, triúno e único dos cristãos.
O pastor, que exerce ainda o cargo de secretário de Mocidade do Presbitério do Rio, lembra que, assim como as diferentes confissões evangélicas têm liturgias variadas e suas áreas de conflito, as lojas maçônicas não podem ser vistas em bloco – e, por isso mesmo, defende moderação no trato da questão. “Vejo algum exagero na perseguição aos maçons, pois estamos tratando de um problema de cem anos atrás, deixando de lado outros problemas reais da atualidade, como a maneira correta de lidar com o homossexualismo”.
O pastor diz que há mais presbíteros do que pastores maçons – caso de seu pai, que era diácono e também ligado à associação. “Eu nunca fui maçom, mas descobri coisas curiosas, como por exemplo, o fato de haver líderes maçons de várias igrejas, inclusive daquelas que atacam mais violentamente a maçonaria. “Não acredito que promover caça às bruxas faça bem a nenhum grupo religioso”, encerra o ministro. “Melhor do que aprovar uma declaração contra alguém é procurá-lo, orar por ele, conversar, até ganhar um irmão.”
O presidente do Centro Apologética Cristão de Pesquisa (CACP), pastor João Flávio Martinez, por sua vez, não deixa de fazer sérios questionamentos à presença de evangélicos entre os maçons. “O fato é que, quando falamos em maçonaria, estamos falando de outra religião, que é totalmente diferente do cristianismo. Portanto, é um absurdo sequer admitir que as duas correntes possam andar juntas”. Lembrando que as origens do movimento estão ligadas às crenças misteriosas do passado, Martinez lembra o princípio bíblico de que não se pode seguir a dois senhores. “Estou convencido de que essa entidade contraria elementos básicos do cristianismo. Ela se faz uma religião à medida que adota ritos, símbolos e dogmas, emprestados, muitos deles, do judaísmo e do paganismo”, concorda o pastor batista Irland Pereira de Azevedo.
Aos 76 anos de idade e um dos nomes mais respeitados de denominação no país, Irland estuda o assunto há mais de três décadas e admite que vários pastores de sua geração têm ou já tiveram ligação com a maçonaria. Mas não tem dúvidas acerca de seu caráter espiritual: “Essa instituição contraria os mandamentos divinos ao denominar Deus como grande arquiteto, e não como Criador, conforme as Escrituras”. Embora considere a maçonaria uma entidade séria e com excelentes serviços prestados ao ser humano ao longo da história, ele a desqualifica do ponto de vista teológico e bíblico. “No meu ponto de vista, ela não deve merecer a lealdade de um verdadeiro cristão evangélico. Entendo que em Jesus Cristo e em sua Igreja tenho tudo de que preciso como pessoa: uma doutrina sólida, uma família solidária e razão para viver e servir. Não sou maçom porque minha lealdade a Jesus Cristo e sua igreja é indivisível, exclusiva e inegociável.”

Ligações perigosas

Crentes reunidos à porta de templo da IPI nos anos 1930: denominação surgiu por dissidência em relação à maçonaria.
As relações entre algumas denominações históricas e a maçonaria no Brasil são antigas. Os primeiros missionários americanos que chegaram ao país se estabeleceram em Santa Bárbara (SP), em 1871. Três anos depois, parte desses pioneiros, entre eles o pastor Robert Porter Thomas, fundou também a Loja Maçônica George Washington naquela cidade. O espaço abrigou, em 1880, a reunião de avaliação para aprovação ao ministério de Antônio Teixeira de Albuquerque, o primeiro pastor batista brasileiro. Tanto ele quanto o pastor que o consagrou eram maçons.
Quando o missionário americano Ashbel Green Simonton (1833-1867) chegou ao Brasil, em 12 de agosto de 1859, encontrou, na então província de São Paulo, cerca de 700 alemães protestantes. Sem ter onde reuni-los, Simonton – que mais tarde lançaria as bases da Igreja Presbiteriana do Brasil (IPB) – aceitou a oferta de maçons locais que insistiram para que ele usasse sua loja, gratuitamente, para os trabalhos religiosos. A denominação, que abrigava diversos maçons, sofreu uma cisão em 31 de julho de 1903. Um grupo de sete pastores e 11 presbíteros entrou em conflito com o Sínodo da IPB porque a denominação não se opunha a que seus membros e ministros fossem maçons. Foi então fundada a Igreja Presbiteriana Independente do Brasil (IPI).
Ultimamente, a IPB vem reiteradamente confirmando a decisão de impedir que maçons exerçam não só o pastorado, como também cargos eclesiásticos como presbíteros e diáconos. As últimas resoluções do Supremo Concílio sobre o assunto mostram o quanto a maçonaria incomoda a denominação. Na última reunião, ficou estabelecida a incompatibilidade entre algumas doutrinas maçons e a fé cristã. Ficou proibida a aceitação como membros à comunhão da igreja de pessoas oriundas da maçonaria “sem que antes renunciem à confraria” e a eleição, ao oficialato, de candidatos ainda ligados àquela entidade.
Fonte: Cristianismo Hoje