Spurgeon e os Charutos
Eu Voluntariamente os Amarei por Charles Haddon Spurgeon “ Eu voluntariamente os amarei ” (Oséias 14:4, RC) Esta frase é a...
terça-feira, 29 de maio de 2012
QUE TEMPOS
QUE TEMPOS!
Quando comecei a pregar no início da década de setenta eu olhava para tras, para os milhões que antes tinham dado tudo de si para fazerem a memo coisa que eu então começava a fazer, e ficava com vergonha.VERGONHA de ir de cargo ou de avião; vergonha de usar o radio e a televisão; vergonha de toda a proteção garantida na Constituição; vergonha de ter um sistema de Correios tão rapido; vergonha de tanto conforto de bone auditorios, teatros, praças, ginasios e estadios; vergonha de outdoors, cartazes, chamadas mas mídias em geral; vergonha de tudo ser to facil, e, apesar disso, poucos aparentemente perceberem isto.
quinta-feira, 24 de maio de 2012
Um olhar bom
luz do corpo é o olho: se, portanto, teus olhos forem bons, todo teu corpo se encherá de luz, Mas se teus olhos forem maus, todo o teu corpo será tenebroso. Se, portanto, a luz que em ti há são trevas, quão grandes [é] que a escuridão!
O
versículo começa com uma condicional que enfatiza a afirmação “
se seus olhos forem bons, todo seu corpo será luminoso”
Quando
se fala sobre os olhos bons, podemos ficar pensando que são os olhos
físicos, mas o texto fala sobre o modo de perceber o mundo nos
cerca, o texto não fala que se seus olhos não tiverem catarata,
glaucoma, conjuntivite, todo corpo seu corpo estará bem, fala que se
o seu olhar for bom todo seu ser e como consequência o mundo ao seu
redor será ótimo, olhar como modo de ver a vida, e para ter um bom
olhar da vida podemos ser até cegos.
O
homem deve perceber o mundo que o cerca, tentar observar tudo que
esta ao seu redor e fazer uma leitura, fazer uma leitura da situação
para ter uma opinião embasada da e uma avaliação geral de tudo,
porém tem um grande perigo no caminho, que tipo de olhar nós temos tido? Será um olhar bom ou um olhar ruim?
Existem momentos que nossa visão esta bloqueada pelas
grades da vida,
algumas
grades da vida são para uns e não é para outros, alguns se limitam
por causa da idade pensam
que não podem fazer algo porque a idade não permite, exemplo
contrario a este pensamento é Neymaier que alcançou grandes coisas com muita idade.
As
vezes temos complexos, Um
complexo pode ser provocado por vários motivos, reais ou irreais
como por exemplo um defeito físico, uma situação econômica ou
social difícil, ou simplesmente pela recordação de um fracasso
perante um obstáculo que não foi possível vencer.
A
partir dos complexos geramos projeções a nossa volta que podem
transformar a nossa existência em um pesadelo.
Um
dos nossos problemas é a projeção
Segundo
Freud,
a projeção é um mecanismo de defesa psicológico em que
determinada pessoa "projeta"
seus próprios pensamentos, motivações, desejos e sentimentos
indesejáveis numa ou mais pessoas.
Para
entender o processo, podemos considerar uma pessoa que tem
pensamentos de infidelidade durante
um relacionamento. Em vez de lidar com tais pensamentos indesejáveis
de forma consciente, o indivíduo projeta subconscientemente esses
sentimentos no parceiro, e começa a acreditar que o outro é que tem
pensamentos de infidelidade ou, até mesmo, que ele/ela tem outros
"casos"
Quando
os espias voltaram a Cades, informaram a Moisés: ‘É realmente um
país excelente.’ E para provar isso, mostraram a Moisés algumas
frutas. Mas, 10 espias disseram: ‘O povo que mora por lá é
grande e forte. Seremos mortos, se tentarmos tomar o país.’
Os
israelitas ficaram com medo ao ouvirem isso. ‘Teria sido melhor
morrermos no Egito, ou mesmo no ermo’, disseram. ‘Morreremos em
batalha, e nossas esposas e filhos serão capturados. Vamos escolher
outro líder, em lugar de Moisés, para voltar ao Egito!’Mas, dois dos espias confiaram em Jeová e tentaram acalmar o povo. Eram Josué e Calebe. Disseram: ‘Não tenham medo. Jeová está conosco. Será fácil tomar a terra.’ Mas o povo não quis escutar. Até quiseram matar Josué e Calebe.
quando
tomamos consciência que estamos sendo dominados por um modo errado de
ver as coisas temos que parar para pensar.
nesses momentos temos que seguir a recomendação do
apostolo Paulo para renovação da nossa mente e assim tentar mudar o
foco do nosso olhar e renovar nossa mente, acontece que temos um
olhar errado porque vemos de forma errada e o responsável por isso é
nossa mente que também tem uma logica equivocada e com uma receita
desta nada será bom ao nosso redor
Pr. Morestino Elias Neto
Pr. Morestino Elias Neto
quinta-feira, 17 de maio de 2012
Spurgeon e o Charuto
Charles
Hadonn Spurgeon (O Príncipe dos Pregadores) era um homem que vivia
em constante comunhão com Deus e manifestava em sua vida diária o
Fruto do Espírito e uma aversão por todas as formas de
pecado.
Esse quadro descritivo de Spurgeon como um homem de rara santidade é inteiramente fiel. Por conseguinte, a declaração que devemos fazer agora vai parecer incoerente para muitos. Não obstante, é verdadeira, e devemos fazê-la. É que Spurgeon fumava charuto.
Quando Spurgeon começou a fumar não se sabe, mas no tempo dele se acreditava que essa prática era benéfica para a saúde. O médico de Robert Hall, o famoso pregador da igreja Batista da Rua de St. Andrew, em Cambridge, lhe havia ordenado que se tornasse fumante, e visto que Spurgeon vivia em Cambridge e freqüentava aquela Igreja em sua adolescência, sem dúvida sabia bem desse fato. Além disso, não havia nenhum escrúpulo acerca dessa prática na mente de muitos ministros da Igreja da Inglaterra, da Igreja da Escócia e das igrejas da França e da Holanda.
Claro está que Spurgeon naao fazia a menor tentativa de esconder sua prática. Um repórter o descreveu quando dirigia para o Tabernáculo todas a manhãs, e seu relato foi concluído com estas palavras: “desfrutando seu charuto matinal”. Quando passeava com seus alunos certa manhã, quando alguns deles acenderam seus cachimbos ou charutos, Spurgeon disse: Vocês não tem vergonha de fumar tão cedo?, e imediatamente eles os apagaram. Depois ele mostrou um charuto e o acendeu, e tanto ele como eles riram da sua brincadeira, mas o objetivo da sua fala era que ele de modo algum se envergonhava dessa prática. É preciso salientar que ele não via nada de errado em seu hábito de fumar e que o fazia abertamente. Mas ele recebeu um súbito choque.
Em 1874, o Dr. George F. Pentecost, um pastor batista da América, visitou o Tabernáculo, e Spurgeon o convidou para sentar-se na plataforma durante o culto vespertino. Spurgeon pregou “vigorosa e objetivamente sobe a necessidade de renunciar ao pecado para obter sucesso na oração”, e falou contra os pequenos hábitos, aparentemente insignificantes, que muitos cristãos praticam e eu os mantêm fora da real comunhão com Deus.
Depois de concluir seu sermão, pediu ao Dr. Pentecost que falasse, sugerindo-lhe especialmente que aplicasse o princípio que ele havia exposto.
É provável que o Dr. Pentecost não soubesse que Spurgeon fumava. Seja como for, ele aplicou o princípio exposto por Spurgeon falando de sua própria experiência de renunciar aos charutos. Disse ele: “Uma coisa de que eu gostava muitíssimo – o melhor charuto que não podai comprar”, mas ele achou que esse hábito era mau na vida de um cristão, e lutou para vencê-lo. Todavia, o habito se mostrou tão forte que ele se viu escravizado por ele. Até que, depois de muita luta, colocou sua caixa de charutos diante do Senhor, clamou desesperadamente por ajuda, e lhe foi dada vitória completa. Com muito louvor a Deus, ele contou como tinha sido habilitado a derrotar o hábito. Através de todas a s suas palavras corria a idéia de que fumar, não somente era um hábito escravizador, mas também que o cristão deve considerá-lo pecado.
Só podemos supor que, se alguma vez em sua vida Spurgeon ficou embaraçado, foi nesse momento. Ele se lamentou e declarou: “Bem meus caros amigos, vocês sabem alguns homens podem fazer para a glória de Deus o que outros homens considerariam pecado. E, apesar do que o irmão Pentecost disse, pretendo fumar meu bom charuto para a glória de Deus antes de ir para a cama esta noite... Quero dizer que não me envergonho de nada do que faço, e não acho que fumar seja motivo para eu me envergonhar, e, portanto, pretendo fumar para a glória de Deus”.
Não demorou nada para a declaração “um charuto para a glória de Deus” espalhar-se pela Inglaterra. A imprensa propagou a notícia e recebeu um batalhão de cartas, algums desculpando a prática de Spurgeon, nas a maior parte a condenando. Ele não teve escolha senão tentar defender-se e numa carta as Daily Telegraph declarou: “Junto com centenas de irmãos em Cristo eu tenho fumado, e com eles estou sob a condenação de estar em pecado habitual, se for para dar crédito a certos acusadores. Como eu não quero viver conscientemente na menor violação da lei de Deus, e o pecado é a transgressão da lei, não reconheço que estou em pecado quando não tenho consciência disso... Quando vejo uma intensa dor aliviada, um cérebro cansado suavizado e um calmo e renovador sono obtido por um charuto, sinto-me grato a Deus, e bendigo Seu nome: é o que penso.”
Entre os diversos pronunciamentos sobre o assunto, o mais importante foi uma longa carta aberta dirigida a Spurgeon e publicada na forma de panfleto. Seu estilo era tranqüilo e sua argumentação, forte; dizia-lhe que ele não só não estava fazendo bem a sua saúde física, mas estava fazendo um dano físico por fumar. Lembrou-lhe o exemplo que ele era e mencionou o esforço que os pais cristãos faziam para manter seus filhos longe dessa pratica, só para os ouvirem dizer: “Spurgeon fuma!”
William Williams nos conta que anos mais tarde Spurgeon desistiu parcialmente de fumar, às vezes passando meses sem um charuto. É possível que esse tenha sido um esforço para provar para si mesmo e para os outros que ele não fora escravizado pelo hábito.
Conta-se que Spurgeon ao saber que a principal tabacaria da cidade passou a utilizar em sua fachada um letreiro em que se podia ler: “AQUI O SENHOR SPURGEON COMPRA OS SEUS CHARUTOS”, teria então definitivamente abandonado o seu charuto que ele tantas vezes fumou para a glória de Deus.
(Extraído e adaptado do Livro “Spurgeon, Uma Nova Biografia” de Arnold A. Dallimore. Publicado pela PES. Páginas 224-229)
Esse quadro descritivo de Spurgeon como um homem de rara santidade é inteiramente fiel. Por conseguinte, a declaração que devemos fazer agora vai parecer incoerente para muitos. Não obstante, é verdadeira, e devemos fazê-la. É que Spurgeon fumava charuto.
Quando Spurgeon começou a fumar não se sabe, mas no tempo dele se acreditava que essa prática era benéfica para a saúde. O médico de Robert Hall, o famoso pregador da igreja Batista da Rua de St. Andrew, em Cambridge, lhe havia ordenado que se tornasse fumante, e visto que Spurgeon vivia em Cambridge e freqüentava aquela Igreja em sua adolescência, sem dúvida sabia bem desse fato. Além disso, não havia nenhum escrúpulo acerca dessa prática na mente de muitos ministros da Igreja da Inglaterra, da Igreja da Escócia e das igrejas da França e da Holanda.
Claro está que Spurgeon naao fazia a menor tentativa de esconder sua prática. Um repórter o descreveu quando dirigia para o Tabernáculo todas a manhãs, e seu relato foi concluído com estas palavras: “desfrutando seu charuto matinal”. Quando passeava com seus alunos certa manhã, quando alguns deles acenderam seus cachimbos ou charutos, Spurgeon disse: Vocês não tem vergonha de fumar tão cedo?, e imediatamente eles os apagaram. Depois ele mostrou um charuto e o acendeu, e tanto ele como eles riram da sua brincadeira, mas o objetivo da sua fala era que ele de modo algum se envergonhava dessa prática. É preciso salientar que ele não via nada de errado em seu hábito de fumar e que o fazia abertamente. Mas ele recebeu um súbito choque.
Em 1874, o Dr. George F. Pentecost, um pastor batista da América, visitou o Tabernáculo, e Spurgeon o convidou para sentar-se na plataforma durante o culto vespertino. Spurgeon pregou “vigorosa e objetivamente sobe a necessidade de renunciar ao pecado para obter sucesso na oração”, e falou contra os pequenos hábitos, aparentemente insignificantes, que muitos cristãos praticam e eu os mantêm fora da real comunhão com Deus.
Depois de concluir seu sermão, pediu ao Dr. Pentecost que falasse, sugerindo-lhe especialmente que aplicasse o princípio que ele havia exposto.
É provável que o Dr. Pentecost não soubesse que Spurgeon fumava. Seja como for, ele aplicou o princípio exposto por Spurgeon falando de sua própria experiência de renunciar aos charutos. Disse ele: “Uma coisa de que eu gostava muitíssimo – o melhor charuto que não podai comprar”, mas ele achou que esse hábito era mau na vida de um cristão, e lutou para vencê-lo. Todavia, o habito se mostrou tão forte que ele se viu escravizado por ele. Até que, depois de muita luta, colocou sua caixa de charutos diante do Senhor, clamou desesperadamente por ajuda, e lhe foi dada vitória completa. Com muito louvor a Deus, ele contou como tinha sido habilitado a derrotar o hábito. Através de todas a s suas palavras corria a idéia de que fumar, não somente era um hábito escravizador, mas também que o cristão deve considerá-lo pecado.
Só podemos supor que, se alguma vez em sua vida Spurgeon ficou embaraçado, foi nesse momento. Ele se lamentou e declarou: “Bem meus caros amigos, vocês sabem alguns homens podem fazer para a glória de Deus o que outros homens considerariam pecado. E, apesar do que o irmão Pentecost disse, pretendo fumar meu bom charuto para a glória de Deus antes de ir para a cama esta noite... Quero dizer que não me envergonho de nada do que faço, e não acho que fumar seja motivo para eu me envergonhar, e, portanto, pretendo fumar para a glória de Deus”.
Não demorou nada para a declaração “um charuto para a glória de Deus” espalhar-se pela Inglaterra. A imprensa propagou a notícia e recebeu um batalhão de cartas, algums desculpando a prática de Spurgeon, nas a maior parte a condenando. Ele não teve escolha senão tentar defender-se e numa carta as Daily Telegraph declarou: “Junto com centenas de irmãos em Cristo eu tenho fumado, e com eles estou sob a condenação de estar em pecado habitual, se for para dar crédito a certos acusadores. Como eu não quero viver conscientemente na menor violação da lei de Deus, e o pecado é a transgressão da lei, não reconheço que estou em pecado quando não tenho consciência disso... Quando vejo uma intensa dor aliviada, um cérebro cansado suavizado e um calmo e renovador sono obtido por um charuto, sinto-me grato a Deus, e bendigo Seu nome: é o que penso.”
Entre os diversos pronunciamentos sobre o assunto, o mais importante foi uma longa carta aberta dirigida a Spurgeon e publicada na forma de panfleto. Seu estilo era tranqüilo e sua argumentação, forte; dizia-lhe que ele não só não estava fazendo bem a sua saúde física, mas estava fazendo um dano físico por fumar. Lembrou-lhe o exemplo que ele era e mencionou o esforço que os pais cristãos faziam para manter seus filhos longe dessa pratica, só para os ouvirem dizer: “Spurgeon fuma!”
William Williams nos conta que anos mais tarde Spurgeon desistiu parcialmente de fumar, às vezes passando meses sem um charuto. É possível que esse tenha sido um esforço para provar para si mesmo e para os outros que ele não fora escravizado pelo hábito.
Conta-se que Spurgeon ao saber que a principal tabacaria da cidade passou a utilizar em sua fachada um letreiro em que se podia ler: “AQUI O SENHOR SPURGEON COMPRA OS SEUS CHARUTOS”, teria então definitivamente abandonado o seu charuto que ele tantas vezes fumou para a glória de Deus.
(Extraído e adaptado do Livro “Spurgeon, Uma Nova Biografia” de Arnold A. Dallimore. Publicado pela PES. Páginas 224-229)
Em
1874, a revista Christian World relatou uma curiosa disputa de idéias
entre o pregador itinerante Dwight Pentecost e o pastor Charles
Spurgeon, ocorrida quando ambos estavam em um culto (um assunto tão
sem importância só podia estar sendo discutido em um culto mesmo).
Pentecost
incluiu em seu sermão um relato apaixonado sobre como obedeceu ao
chamado de Deus para deixar de fumar, algo que parecia atrapalhar sua
busca de santidade. Muitos viram neste testemunho uma pacífica
provocação a Spurgeon, conhecido por gostar de fumar charutos.
Quando
Spurgeon chegou até o púlpito, disse:
Bem,
caros amigos, vocês sabem que alguns homens podem fazer para a
glória de Deus o que para outros homens seria pecado. Apesar do que
nos relatou o irmão Pentecost, eu pretendo fumar um bom charuto para
a glória de Deus antes de ir para a cama hoje à noite. Se alguém
puder me mostrar na Bíblia o mandamento: “Não fumarás”, estou
pronto a obedecê-lo, mas ainda não o encontrei. Conheço apenas dez
mandamentos, e faço o possível para guardá-los. Não tenho vontade
alguma de transformá-los em onze ou doze.
O
fato é que eu tenho falado com vocês sobre pecados reais e para não
darem ouvidos a meros sofismas e escrúpulos. Ao mesmo tempo, sei que
aquilo que um homem acredita ser pecado se torna pecado para ele, e
deve então parar de cometê-lo. “Tudo o que não provém da fé é
pecado” [Rm 14:23]. Esse é o ponto que o meu irmão Pentecost vem
reforçar.
Ora,
um homem pode pensar que é pecado ter suas botas pintadas de preto.
Bem, então ele não deve insistir e ficar com elas brancas. Gostaria
de dizer que não tenho vergonha de nada do que faço. Não me sinto
envergonhado por fumar, portanto, quero dizer que fumo para a glória
de Deus.
Creio
que quase tudo pode ser feito para a glória de Deus, contanto que
não façamos disso um ídolo e o fazemos com admiração e gratidão
a Deus pelos bons dons que nos concede.
Sendo
um fumante ocasional de charutos por 14 anos (comecei antes de ser
uma moda e continuei depois de sair de moda), tenho algumas ideias
sobre como podemos usar charutos para a glória de Deus. Aqui estão
20 delas:
1.
Fume de maneira lenta e reflexiva, como parte da disciplina de
contemplação da Palavra de Deus.
2.
A maioria dos fumantes olha muito para seus charutos enquanto está
fumando, seguindo com o olhar as veias das folhas e admirando o
crepitar dentro do “embrulho”. Um bom charuto é uma obra de
arte. Isso me deixa feliz e me faz agradecer a Deus por sua criação.
3.
Fume ao ar livre e agradeça a Deus por ter criado o céu, as nuvens,
a grama e as árvores.
4.
Meu professor de religião da faculdade, o saudoso M.B. Jackson,
costumava sair da sala de aula durante as provas. Com o cachimbo na
mão, dizia: “Se precisarem de mim, estarei na escada, enviando
ofertas queimadas a Deus”. Essa é uma boa perspectiva. Quem fuma
charutos gosta de ver a fumaça subir. Pense nisso como um holocausto
de ação de graças ao Criador de todas as coisas boas.
5.
A ponta de um charuto queimando é, ao mesmo tempo, sedutora e
perigosa. O mesmo acontece com o pecado que leva ao inferno. Essa é
uma boa ilustração para ser usada pelos pregadores que gostam de
fumar.
6.
O armazenamento adequado dos bons charutos requer acompanhamento e
cuidado (com a temperatura, a umidade etc). Preocupar-se com os
outros e desejar acompanhá-los são virtudes em falta na Igreja
moderna. Podemos agradecer a Deus pois cuidar de charutos nos ajuda a
sermos curados da “doença da pressa”.
7.
Bom tabaco é cultivado, tratado e enrolado através do trabalho duro
de homens e mulheres em algumas partes do mundo que a maioria de nós
jamais irá visitar. Toda vez que fumo um charuto penso nas mãos
calejadas, incansáveis e talentosas que fizeram meu charuto. Ore por
essas pessoas, para que Deus conceda-lhes uma vida longa, plena de
saúde e felicidade; e agradeça a Deus por eles e seus dons.
8.
Dê graças a Deus por ter criado lugares neste mundo especificamente
para produzir o tabaco perfeito. Locais onde tudo colabora para isso:
o clima, o solo e os agricultores. Cristãos não acreditam em
coincidências.
9.
Não inale a fumaça do charuto para dentro de seus pulmões.
10.
As cinzas são um ótimo adubo. Depois de fumar, coloque-as sobre a
grama ou em canteiros de flores. Assim, você será um bom mordomo da
criação.
11.
Forme um grupo de estudo bíblico ou grupo de discussão teológica
em uma lugar reservado só para fumantes.
12.
Frequente lugares onde pessoas que você não conhece fumam charutos.
Use cada oportunidade para construir pontes e gerar diálogos que lhe
permitam ser testemunha do evangelho.
13.
Fume com bons amigos cristãos, rindo muito e falando sobre coisas
que são importantes (ou não), e agradeça a Deus pela amizade. Faço
isso regularmente e posso dizer que uma das coisas que mais conforta
minha alma é fumar charutos até altas horas da noite enquanto
aprecio a companhia e a amizade de bons cristãos.
14.
Dê bons charutos – bons mesmo! – de presente em outras ocasiões,
além do nascimento de uma criança.
15.
Admire-se que, um dia, alguém descobriu como transformar a planta do
fumo em charutos (ou cachimbo) e veja que a criatividade humana é
uma consequência de sermos feitos à imagem de Deus.
16.
Para os fumantes casados: agradeça a Deus por ter uma mulher
incrível que deixa você fumar. (Isso é, se ela for uma mulher
incrível que o deixa fumar. Se não for o caso, dê graças a Deus
por ter uma esposa que se preocupa com sua saúde, sua reputação,
seu bom hálito e com todas as coisas que ela não aprova.)
17.
Enquanto você fuma, pense em todos os fumantes de charuto famosos
que conhece – comediantes, escritores, atores, pintores, poetas e
cineastas – e dê graças a Deus por sua arte (e pela arte em
geral).
18.
Escolha uma passagem em sua Bíblia. Acenda seu charuto e comece a
ler. Não pare até que tenha fumado o charuto até o fim. É melhor
que usar ampulheta ou cronômetro.
19.
Leve dois charutos para a entrada de sua casa. Acenda um. Aguarde o
vizinho sair de casa e então ofereça-lhe o outro.
20.
Se você compra a granel, use as caixas vazias para colocar presentes
ou comida e dê a crianças carentes.
quarta-feira, 16 de maio de 2012
Frases
C. S.Lewis
"
O problema real da vida crista aparece onde as pessoas normalmente
nao o procuram. Ele aparece no instante em que voce acorda cada
manha. Todos os desejos e esperancas para o dia correm para voce como
animais selvagens. E a primeira tarefa de cada manha consiste
simplesmente em empurra-los todos para tras; em dar ouvidos a outra
voz, tomando aquele outro ponto de vista, deixando aquela outra vida
mais ampla, mais forte e mais calma entrar como uma brisa. E assim
por diante, todos os dias. Mantendo distancia de todoas as
inquietacoes e de todos os aborrecimentos naturais, protegendo-se do
vento.
No comeco, nos somos capazes de faze-lo somente poralguns momentos. Mas entao o novo tipo de vida estara se propagando por todo o nosso ser, porque entao estamos deixando Cristo trabalhar em nos no lugar certo. Trata-se da diferenca entre a tinta, que esta simplesmente deitada sobre a superficie, e uma mancha que penetra na . Quando Cristo disse "sede perfeitos", quis dizer isso mesmo. Ele quis dizer que temos que entrar no tratamento completo. Pode ser duro para um ovo se transformae em um passaro; seria uma visao deveras divertida, e muito mais dificil, tentar voar enquanto ainda se um ovo. Hoje nos somos como ovos. Mas voce nao pode se contentar em ser um ovo comum, ainda que decente. Ou sua casca se rompe ou voce apodrecera." C.S Lewis - Cristianismo Puro e Simples
No comeco, nos somos capazes de faze-lo somente poralguns momentos. Mas entao o novo tipo de vida estara se propagando por todo o nosso ser, porque entao estamos deixando Cristo trabalhar em nos no lugar certo. Trata-se da diferenca entre a tinta, que esta simplesmente deitada sobre a superficie, e uma mancha que penetra na . Quando Cristo disse "sede perfeitos", quis dizer isso mesmo. Ele quis dizer que temos que entrar no tratamento completo. Pode ser duro para um ovo se transformae em um passaro; seria uma visao deveras divertida, e muito mais dificil, tentar voar enquanto ainda se um ovo. Hoje nos somos como ovos. Mas voce nao pode se contentar em ser um ovo comum, ainda que decente. Ou sua casca se rompe ou voce apodrecera." C.S Lewis - Cristianismo Puro e Simples
“A
vida cristã é diferente, mais difícil e mais fácil. Cristo diz:
“Dê-me tudo. Eu não quero um tato do seu tempo, tanto do seu
dinheiro, tanto do seu trabalho. Quero você. Eu não vim para
atormentar o seu ego natural,mas para matá-lo. Meias medidas não
trazem nenhum bem.
Eu não quero podar um galho aqui e outro ali, mas quero derrubar a árvore inteira. Entregue todo o seu ego natural, todos os desejos que você julga inocentes, bem como os que você julga iníquos – todo o seu ser.
Eu lhe darei um novo eu. Na verdade eu lhe darei o meu próprio eu; a minha vontade se tornará a sua vontade” C.S Lewis
Eu não quero podar um galho aqui e outro ali, mas quero derrubar a árvore inteira. Entregue todo o seu ego natural, todos os desejos que você julga inocentes, bem como os que você julga iníquos – todo o seu ser.
Eu lhe darei um novo eu. Na verdade eu lhe darei o meu próprio eu; a minha vontade se tornará a sua vontade” C.S Lewis
"Todos
nós desejamos o progresso, mas se você está na estrada errada,
progresso significa fazer o retorno e voltar para a estrada certa;
nesse caso, o homem que volta atrás primeiro é o mais progressista.
C.S
Lewis
Se
eu encontro em mim um desejo que nenhuma experiência desse mundo
possa satisfazer, a explicação mais provável é que eu fui feito
para um outro mundo...Se nenhum dos meus prazeres terrenos é capaz
de satisfazê-lo, isso não prova que o universo é uma fraude.
Provavelmente os prazeres terrenos não têm o propósito de
satisfazê-lo, mas somente de despertá-lo, de sugerir a coisa real.
Se for assim, tenho de tomar cuidado para, por um lado, jamais
desprezar ou ser ingrato em relação a essas bênçãos terrenas, e,
por outro jamais confundi-lo com outra coisa, da qual elas não
passam de um tipo de cópia, ou eco, ou miragem.
C.S
Lewis
Hoje
em dia, a crítica moderna usa o adjetivo "adulto" como
marca de aprovação. Ela é hostil ao que denomina "notalgia"
e tem absoluto desprezo pelo que se chama de "Peter Panteísmo".
Por isso, em nossa época, se um homem de cinqüenta e três anos
admite ainda adorar anões, gigantes, bruxas e animais falantes, é
menos provável que ele seja louvado por sua perpétua juventude do
que seja ridicularizado e lamentado por seu retardamento
mental.
[Mas] os críticos para quem a palavra “adulto” é um termo de aplauso, e não um simples adjetivo descritivo, não são nem podem ser adultos. Preocupar-se em ser adulto ou não, admirar o adulto por ser adulto, corar de vergonha diante da insinuação de que se é infantil: esses são sinais característicos da infância e da adolescência. E, na infância e na adolescência, quando moderados, são sintomas saudáveis. É natural que as coisas novas queiram crescer. Porém, quando se mantém na meia-idade ou mesmo na juventude, essa preocupação em “ser adulto” é um sinal inequívoco de retardamento mental. Quando eu tinha dez anos, eu lia contos de fadas escondido e ficava envergonhado quando me pilhavam. Hoje em dia, com cinqüenta anos, leio-os abertamente. Quando me tornei homem, deixei para trás as coisas de menino, inclusive o medo de ser infantil e o desejo de ser muito adulto.
A visão moderna, a meu ver, envolve uma falsa concepção de crescimento. Somos acusados de retardamento porque não perdemos um gosto que tínhamos na infância. Mas, na verdade, o retardamento consiste não em recusar-se a perder as coisas antigas, mas sim em não aceitar coisas novas. Hoje gosto de vinho branco alemão, coisa de que eu tenho certeza de que não gostaria quando criança; mas não deixei de gostar de limonada. Chamo esse processo de crescimento ou desenvolvimento, porque ele me enriqueceu: se antes eu tinha um único prazer, agora tenho dois. Porém, se eu tivesse de perder o gosto por limonada para admitir o gosto pelo vinho, isso não seria crescimento, mas simples mudança. Hoje em dia já não gosto somente de contos de fadas, mas também de Tolstói, Jane Austen, Trollope, e chamo isso de crescimento; se tivesse precisado deixar de lado os contos de fadas para apreciar os romancistas, não diria que cresci, mas que mudei. C.S Lewis
[Mas] os críticos para quem a palavra “adulto” é um termo de aplauso, e não um simples adjetivo descritivo, não são nem podem ser adultos. Preocupar-se em ser adulto ou não, admirar o adulto por ser adulto, corar de vergonha diante da insinuação de que se é infantil: esses são sinais característicos da infância e da adolescência. E, na infância e na adolescência, quando moderados, são sintomas saudáveis. É natural que as coisas novas queiram crescer. Porém, quando se mantém na meia-idade ou mesmo na juventude, essa preocupação em “ser adulto” é um sinal inequívoco de retardamento mental. Quando eu tinha dez anos, eu lia contos de fadas escondido e ficava envergonhado quando me pilhavam. Hoje em dia, com cinqüenta anos, leio-os abertamente. Quando me tornei homem, deixei para trás as coisas de menino, inclusive o medo de ser infantil e o desejo de ser muito adulto.
A visão moderna, a meu ver, envolve uma falsa concepção de crescimento. Somos acusados de retardamento porque não perdemos um gosto que tínhamos na infância. Mas, na verdade, o retardamento consiste não em recusar-se a perder as coisas antigas, mas sim em não aceitar coisas novas. Hoje gosto de vinho branco alemão, coisa de que eu tenho certeza de que não gostaria quando criança; mas não deixei de gostar de limonada. Chamo esse processo de crescimento ou desenvolvimento, porque ele me enriqueceu: se antes eu tinha um único prazer, agora tenho dois. Porém, se eu tivesse de perder o gosto por limonada para admitir o gosto pelo vinho, isso não seria crescimento, mas simples mudança. Hoje em dia já não gosto somente de contos de fadas, mas também de Tolstói, Jane Austen, Trollope, e chamo isso de crescimento; se tivesse precisado deixar de lado os contos de fadas para apreciar os romancistas, não diria que cresci, mas que mudei. C.S Lewis
terça-feira, 15 de maio de 2012
O
Leão, a Feiticeira e o Guarda-Roupa
Uma
adaptação fenomenal do clássico de C. S. Lewis! De fato, diria que
este é um dos poucos filmes melhores que o livro. Não fiquei
impressionado com o livro, mas chorei durante todo o filme por causa
de sua magia profunda, isto é, sua encarnação mitológica. Lúcia
é adorável .
Uma
de minhas cenas favoritas é quando ela sorri por causa de seus
irmãos incrédulos, abismados, em Nárnia pela primeira vez, e diz
com certa ironia: “Não se preocupem, é apenas a imaginação de
vocês”.
A
Rainha do Gelo é interpretada com toda a maldade, e Aslam é
perigoso, mas é bom. Algo que chamou minha atenção no filme foi a
apresentação positiva da cultura medieval da cavalaria. Neste
ponto, os produtores foram leais aos antecedentes ingleses de Lewis,
bem como à sua graduação em romantismo medieval. Foi revigorante
observar a honra coragem e o dever lutando contra o mal como meios de
liberdade e justiça .
Por
essa razão, liberais , socialistas e outras pessoas ligadas à
modernidade não gostarão deste filme, por incorporar verdades
detestadas por eles. Aslam permite que Pedro mate o lobo maligno com
sua espada como um rito de masculinidade e para tornar-se um
cavaleiro honrado. Uau ! Isso é politicamente incorreto — e fiel à
realidade .
Num
dos momentos mais belos do filme, a Feiticeira Branca apela para a
Magia Profunda, “mais poderosa que qualquer um de nós, e governa o
destino de todos, de vocês e o meu”, e afirma que a lei exige
sangue para a realização da justiça verdadeira.
Isso
com certeza é abominado como barbárie primitiva pelos que, em nossa
sociedade, culpariam as vítimas (a menos que isso constitua
racismo), e procurariam compreender os transgressores (como alguns
islâmicos fascistas), em lugar de fazer justiça, e pensariam em
permitir que os criminosos fossem libertados porque “sentem-se”
arrependidos ou se comportaram como bons meninos na cadeia —
imaginando fazer, de alguma forma, justiça.
Este
filme demonstra que as exigências da Lei são “olho por olho”, e
que essa fórmula não é desonesta ou injusta , mas a única forma
de justiça; de outra forma, o mal reinaria. A rejeição do “olho
por olho” é a barbárie que destrói a civilização — o que nos
leva à mitologia cristã do filme. Alegrei-me muito por ela não ter
sido suprimida.
Claro,
a essência do cristianismo é a expiação substitutiva de Cristo
por seu povo. Não fomos perdoados porque Deus acenou e permitiu que
os criminosos do universo tivessem passagem livre — isso seria
injusto para com as vítimas. Em vez disso, Jesus tomou sobre si
mesmo a pena de morte por todos os crentes. Isto, e apenas isto, é o
enigma filosófico-teológico da união perfeita do amor e da
justiça.
A
lei divina requer o pagamento da penalidade (justiça), mas o amor de
Deus é demonstrado no sofrimento da penalidade a favor de seu povo
(Romanos 5:6-10). Isto é a Lei e o Evangelho, e ambos são
necessários para a comunicação eficiente da redenção. Como um
espelho, a lei de Deus mostra-nos, criminosos do universo, a culpa
referente aos nossos pecados (Romanos 3:19,20). Entretanto, o
Evangelho é as boas novas de que Jesus pagou a penalidade para
libertar-nos (Romanos 6:23). Como Aslam explicou: “Se uma vítima
voluntária, inocente de traição, fosse executada no lugar de um
traidor”, então a “ Magia Profunda” seria cumprida, isto é, a
lei seria cumprida mediante o sacrifício expiatório de Cristo.
Algumas
das analogias mais poderosas do Evangelho encontram-se neste filme.
Claro, a Mesa de Pedra do sacrifício é um símbolo pagão do
aplacamento dos deuses, como a crucificação era uma modalidade
romana de punição. Aslam não diz nenhuma palavra e é tosquiado
antes de ser morto, como Cristo ficou calado e foi espancado e
humilhado antes de morrer (Isaías 53:5-7).
A
Feiticeira Branca , antes de eliminar Aslam, diz de maneira jocosa:
“Contemplem o Grande Leão”, da mesma forma que os opressores de
Jesus zombaram dele dizendo: “Salve, rei dos judeus!” (João
19:3). Quando Aslam ressuscita acontece um terremoto, do mesmo modo
que ocorreu junto ao túmulo de Jesus quando ele ressuscitou (Mateus
28:2). Ah, duas garotas estavam lá quando Aslam ressurgiu, como as
duas mulheres que viram o Cristo ressurrecto (Mateus 28:1).
Ao
matar a Feiticeira Branca, Aslam diz: “Está consumado” —
palavras idênticas às últimas proferidas por Jesus, na cruz,
quando a salvação foi assegurada e o poder da morte e do Diabo
destruído (João 19:30; Hebreus 2:14).
Ele
sopra nas estátuas para trazê-las à vida, como Jesus soprou sobre
seus discípulos para outorgar-lhes o Espírito Santo que os
ressuscitou espiritualmente dentre os mortos (João 20:22).
Foram
omitidas as expressões “Filhas de Eva” e “ Filhos de Adão”,
referências ao Gênesis e ao pecado original (Romanos 5), mas também
a glória dos seres humanos à imagem de Deus como filhos de Adão e
Eva (Atos 17:26). [1]
Adorei
a desforra branda da demitologização moderna da religião. Em
Nárnia, a “Terra do Mito”, Lúcia observa alguns livros, e um
deles é intitulado É
o homem um mito? Que
alfinetada !
Dois
pequenos desapontamentos: transformaram a expressão clássica a
respeito de Aslam: “Mas ele é tão perigoso assim ?”, “Claro
que é, perigosíssimo. Mas acontece que é bom”, em: “Ele não é
um leão domesticado, mas é bom”. E também mencionaram apenas uma
vez o epíteto de Nárnia: “Aqui é sempre inverno e nunca Natal”.
Ele deveria ter sido repetido muitas vezes por ser o símbolo de quão
impiamente os homens desejam retirar Deus da sociedade, como chamar o
Natal apenas de “feriado” ou a tentativa de erradicar todos os
símbolos da influência divina sobre a cultura. Soa familiar? De
qualquer forma, Lewis e Tolkien são duas das maiores forças contra
a modernidade ao assegurar que é correto “crer”, demonstrando o
caráter da mitologia moderna como mau e destrutivo ao extremo.
Escreverei um livreto ou um livro, no final deste ano (se vocês
quiserem ler mais a respeito da idéia do uso da mitologia ou
elementos mitológicos pagãos na arte de contar histórias). Seu
título será Palavra
e imagem.
[1]
– Na versão legendada em português, aparecem escritas estas
expressões. Elas não foram suprimidas.
Traduzido
por:Rogério
Portella
domingo, 13 de maio de 2012
A
MÃE DE TODOS OS DIAS
Hoje
se comemora os dias das mães. Não sou dessas coisas, desses dias...
Prefiro celebrar a benção da verdadeira maternidade todos os dias.
Entretanto, agora, enquanto cuidava do jardim, me lembrei da palavra
de Deus a Eva, dizendo a ela que o seu desejo seria para o seu marido
e que ela teria como culminância do amor e do prazer, a dor extrema
do parto, para, então, abraçar o filho como mãe.
Sem essa seqüência não há um filho. Até Deus na hora de se encarnar “viveu” tal processo. A consciência do pai é externa, mas a da mãe tem que ser visceral. Um filho tem que se vincular à mãe pelas vísceras a fim de poder se ligar ao pai pelo olhar.
Paulo diz que a mulher é preservada pela sua missão de mãe. Não que a mulher que não experimente a maternidade não seja plenamente mulher. Entretanto, é a maternidade o que preserva a condição da mulher com saúde no mundo. Um mundo sem coração de mãe seria o próprio inferno. Sim! Um mundo onde as mulheres não soubessem e não tivessem mais o sentir materno seria o abismo da inafetividade.
Muitas mulheres desistiram da alegria sublime da maternidade. Filhos se tornam dia a dia um componente social médio. Nada além disso. Se se pode tê-los, então que se os tenha. Mas é o mercado do conforto e da conveniência quem manda.
Hoje minha filha Juliana faz seu primeiro aniversário de mãe. E como eu gostaria que ela estivesse aqui, ao meu lado, com o Mateus e o marido dela, o Tiago, pois queria dizer a ela que vi em sua vida o milagre transformador que a maternidade pode produzir. A gestação, toda ela, seguida do parto, operaram em você, minha filha, um milagre de doçura e serenidade que terapia alguma na terra poderia de longe pretender alcançar. O Mateus, seu filhinho e meu neto amado, mostra no olhar a alegria de ser seu, minha filha, como poucas vezes eu vi acontecer na vida. Que Graça minha Jujubinha!
Há grande Graça de Deus na maternidade!
Neste dia das mães, faço especial referência à Juliana, a mais nova mãe de minha casa; à Adriana, minha mulher, que tem sido mãe de verdade, conforme os mais profundos significados da maternidade; à minha mãe, que é mãe conforme Deus e as melhores mulheres; à minha norinha, Tati, mulher do Davi e mãe da futura mãe Hellena; à Bruna, minha filha-enteada, que não é mãe ainda, mas será de fato; e à mãe de meus filhos, Aldinha, que recebe de mim todas as bênçãos sempre, pela mãe que foi e sempre será.
Nele, que nasceu de mulher,
Caio
Sem essa seqüência não há um filho. Até Deus na hora de se encarnar “viveu” tal processo. A consciência do pai é externa, mas a da mãe tem que ser visceral. Um filho tem que se vincular à mãe pelas vísceras a fim de poder se ligar ao pai pelo olhar.
Paulo diz que a mulher é preservada pela sua missão de mãe. Não que a mulher que não experimente a maternidade não seja plenamente mulher. Entretanto, é a maternidade o que preserva a condição da mulher com saúde no mundo. Um mundo sem coração de mãe seria o próprio inferno. Sim! Um mundo onde as mulheres não soubessem e não tivessem mais o sentir materno seria o abismo da inafetividade.
Muitas mulheres desistiram da alegria sublime da maternidade. Filhos se tornam dia a dia um componente social médio. Nada além disso. Se se pode tê-los, então que se os tenha. Mas é o mercado do conforto e da conveniência quem manda.
Hoje minha filha Juliana faz seu primeiro aniversário de mãe. E como eu gostaria que ela estivesse aqui, ao meu lado, com o Mateus e o marido dela, o Tiago, pois queria dizer a ela que vi em sua vida o milagre transformador que a maternidade pode produzir. A gestação, toda ela, seguida do parto, operaram em você, minha filha, um milagre de doçura e serenidade que terapia alguma na terra poderia de longe pretender alcançar. O Mateus, seu filhinho e meu neto amado, mostra no olhar a alegria de ser seu, minha filha, como poucas vezes eu vi acontecer na vida. Que Graça minha Jujubinha!
Há grande Graça de Deus na maternidade!
Neste dia das mães, faço especial referência à Juliana, a mais nova mãe de minha casa; à Adriana, minha mulher, que tem sido mãe de verdade, conforme os mais profundos significados da maternidade; à minha mãe, que é mãe conforme Deus e as melhores mulheres; à minha norinha, Tati, mulher do Davi e mãe da futura mãe Hellena; à Bruna, minha filha-enteada, que não é mãe ainda, mas será de fato; e à mãe de meus filhos, Aldinha, que recebe de mim todas as bênçãos sempre, pela mãe que foi e sempre será.
Nele, que nasceu de mulher,
Caio
sábado, 12 de maio de 2012
Eu Voluntariamente os Amarei
por
Charles Haddon Spurgeon
“Eu voluntariamente os amarei” (Oséias 14:4, RC)Esta frase é a essência teológica resumida. Aquele que entende seu significado é um teólogo, e aquele que mergulha em sua plenitude é um verdadeiro mestre em Israel. Ela é a condensação da gloriosa mensagem de salvação que nos foi entregue em Jesus Cristo, nosso Redentor. O sentido repousa na palavra “voluntariamente”. Esta é a maneira adequada, gloriosa e divina pela qual o amor flui dos céus para a terra, um amor espontâneo que jorra sobre aqueles que não o merecem, que não o compraram, e que não o procuraram. De fato, é a única maneira para Deus nos amar como somos. O texto é um golpe mortal para todos os tipos de preparação: “Eu voluntariamente os amarei". Ora, se houvesse necessidade de qualquer preparação em nós, então Ele não nos amaria voluntariamente; seria, no mínimo, minimizar e desvalorizar a gratuidade desse amor. No entanto, ela se mantém “Eu voluntariamente os amarei”. Nós nos queixamos: “Senhor, meu coração é tão duro.” - “Eu voluntariamente os amarei. "; “Mas não sinto necessidade de Cristo como gostaria.” - “Não o amarei porque você sente necessidade, voluntariamente o amarei.”; “Mas não sinto aquele quebrantamento da alma que anseio." Lembre-se, o quebrantamento da alma não é uma condição, pois não há condições; a aliança da graça não tem qualquer condição; para que sem qualquer preparo possamos nos aventurar nas promessas de Deus que foram feitas em Cristo Jesus, quando disse: “Aquele que Nele crer não será condenado.” É uma bênção saber que, em todo o tempo, a graça de Deus é gratuita a nós - sem arranjos, sem preparo, sem dinheiro e sem preço! “Eu voluntariamente os amarei.” Estas palavras convidam os infiéis a retornar : na realidade, o texto foi escrito especialmente para eles - “Eu curarei sua infidelidade; Eu voluntariamente os amarei.” Infiel! certamente a generosidade da promessa quebrantará de uma vez por todas o seu coração, e você retornará, e procurará a face magoada do Pai.
Fonte: Morning and Evening (Devocional matutina do dia 22 de outubro)
sexta-feira, 11 de maio de 2012
A Canção Que Não Houve
Foi
Gonçalves Dias que escreveu a "Canção do Exílio" -
versos de rara sensibilidade - quando cantou as palmeiras da sua
terra, que não lhe saíam da lembrança:
"Minha
terra tem palmeiras
Onde canta o sabiá;
As aves que aqui gorjeiam
Não gorjeiam como lá."
Onde canta o sabiá;
As aves que aqui gorjeiam
Não gorjeiam como lá."
O
poeta pôde cantar no exílio, mas o povo de Deus, não. Era como se
disséssemos: canção do exílio - a canção que não houve. Que
não houve para Israel em Babilônia, terra do seu cativeiro:
"Junto
aos rios da Babilônia, nos assentamos e choramos, lembrando-nos de
Sião. Nos salgueiros que há no meio dela penduramos as nossas
harpas, porquanto aqueles que nos levaram cativos nos pediam uma
canção; e os que nos destruíram que nos alegrássemos, dizendo:
cantai-nos um dos cânticos de Sião. Mas como cantaremos o cântico
do Senhor em terra estranha?" (Salmos 137:1-4).
Um
salmo possivelmente escrito por algum remanescente daquela odisséia
- ali pelo ano 537 antes de nossa era - o autor é desconhecido. Já
em Jerusalém ele fez uma triste evocação daquele drama que pungiu
o coração de um povo. E que o escritor passou para a história
molhando a pena não em tinta, mas, em lágrimas.
A
descrição chega a ser patética: "nos salgueiros que há no
meio dela penduramos as nossas harpas." Não podia ser mais viva
e enternecedora a eloqüência do texto.
A
Babilônia é uma terra de rios, como a Palestina é uma terra de
montanhas. Regada pelo Tigre e pelo Eufrates, que se multiplicam em
canais. Nas suas horas de lazer, que não seriam muitas, os
israelitas procuravam os pontos mais pitorescos da região - os
lugares ribeirinhos. Levavam as suas harpas para tangê-las na hora
da saudade - havia todos os dias a hora da saudade. De
reminiscências. A alma carregada de recordações. De nostalgia.
"Se
eu me esquecer de ti, esqueça-se a minha alma de sua destreza"
(Salmos 137:5).
Jerusalém.
O templo em ruínas. O altar profanado. As ruas desertas. Os lares
vazios. Os campos devastados. A população tangida como gado para o
cativeiro.
Tudo
isso - e eles haviam de cantar?
De
cantar ou de chorar?
E
eles choravam. Choravam todos. Choravam as harpas, baloiçando ao
vento, silenciosas. Até os salgueiros, com suas folhas largas:
salgueiro gosta de água. Cresce à beira de rios. De lagoas. E
lágrima não é água, muita água, misturada com um pouco de
cloreto de sódio e outro pouco de albumina e de alguns sais?
Então
os pobres proscritos não tiveram coragem de cantar. Mesmo apertados
pelos seus feitores que queriam rir à custa do sofrimento daqueles
infelizes.
Pois
deviam ter cantado. Deviam ter escrito aquela canção do exílio,
como Gonçalves Dias escreveu a sua. Pensando não tanto no templo,
que estava longe, mas em Deus que está sempre perto de quem o busca.
Que não está apenas em Jerusalém, mas na Babilônia também. Que
pode ser encontrado em palácios e em senzalas. Que é de livres e de
escravos.
Com
Deus o homem pode cantar mesmo no deserto.
Mas,
choraram. Foi pena.
quinta-feira, 10 de maio de 2012
O mapa do tesouro
“A bíblia é o tesouro do
conhecimento celestial, a enciclopédia da ciência divina”
Spurgeon
A bíblia tem o maior tesouro do mundo,
a pessoa que encontra o ouro do conhecimento celestial é a mais
afortunada, porém não é facil, certamente é achada pepitas na
superficie, mas se cavada, cavucada, qanto mais perscrutar, a bíblia
vai mostar riquesas mais preciosas e quanto mais for aprofundada
maior será a opulência do que vai sendo encontrado e finalmente vai
topar, esbarrar e encontrar a cada linha, a cada palavra em Deus se
mostrando, sem pudores, a você, essa sim é a maior e mais suplime
dádiva da bíblia.
Na biblia você vai encontrar palavras
para momentos de calmaria e felicidade também para momentos de
tempestade e tristeza, vai mergulhar em versiculos que mudam vidas e
transformam o mundo, por exemplo: Romanos 3:28, foi esse versiculo
que mudou Martin Luther e consequentemente o mundo.
O meu desejo é que a luz da palavra
de Deus esteja intrisecamente ligada a sua personalidade e essa luz
seja refletida na vida de outras pessoas.
A pessoa sábia não é aquela que
sabe somente mas a que coloca em pratica o que sabe.
Com todo carinho,
Morestino Elias
segunda-feira, 7 de maio de 2012
"Nenhum
homem sabe quão mau ele é, até que ele tenha tentado de toda
maneira ser bom. Uma idéia tola, mas muito atual é que as pessoas
boas não conhecem o significado ou não passam por tentações. Isto
é uma mentira óbvia. Só aqueles que tentam resistir a tentação,
sabem quão forte ela é. Afinal de contas, você descobre a força
do exército inimigo lutando contra ele, não cedendo a ele. Você
descobre a força de um vento, tentando caminhar contra ele, não se
deitando ao chão. Um homem que cede ante a tentação depois de
cinco minutos, simplesmente não sabe o que teria acontecido se
tivesse esperado uma hora. Esta é a razão pela qual as pessoas
ruins, de certa forma, sabem muito pouco sobre sua maldade. Elas
viveram uma vida abrigada por estarem sempre cedendo. Nós nunca
descobrimos a força do impulso mal dentro de nós, até que nós
tentamos lutar contra ele: e Cristo, porque Ele foi o único homem
que nunca se rendeu a tentação, também é o único homem que
conhece completamente o que tentação significa–o único realista
no total sentido da palavra”.
C. S. Lewis
domingo, 6 de maio de 2012
Deus
não existe, Ele é!
Deus
não existe. Ele é Ele mesmo pra além de toda essência e
existência. Portanto, arguir acerca da existência de Deus é o
mesmo que negá-Lo.
Deus não existe. Ele é. Eu existo. Pois
existir não é algo que seja pertinente ao que É. Existir é o que
se deriva do que sendo, É de si e por si mesmo.
Deus não
existe. O que existe tem começo. Deus nunca começou. Deus nunca
surgiu. Nunca houve algo dentro do que Deus tenha aparecido.
Deus
não existe. Se Deus existisse, Ele não seria Deus, mas apenas um
ser na existência.
Se Deus existisse, Ele teria que ter
aparecido dentro de algo, de alguma coisa, e, portanto, essa coisa
dentro da qual Deus teria surgido, seria a Coisa-Deus de
deus.
Existem apenas as coisas que antes não existiam.
Existir surge da não existência. Deus, porém, nunca existiu, pois
Ele é.
Sim, dizer que Deus existe no sentido de que Ele é
alguém a ser afirmado como existente, é a própria negação de
Deus. Pois, se alguém diz que Deus existe, por tal afirmação,
afirma Deus, e, por tal razão, o nega; posto que Deus não tem que
ser afirmado, mas apenas crido.
Deus É, e, portanto, não
existe. Existe o Cosmos. Existem as galáxias. Existem todos os entes
energéticos. Existem anjos. Existem animais e toda sorte de vida e
animal vivente. Existem vegetais, peixes, e organismos de toda sorte.
Existem as partículas atômicas e as subatômicas. Existe o homem.
Etc. Mas Deus não existe. Posto que se Deus existisse dentro da
Existência, Ele seria parte dela, e não o Seu Criador.
Um
Criador que existisse em Algo, seria apenas um engenheiro Universal e
um mestre de obras cósmico. Nada, além disso. Com muito poder.
Porém, nada além de um Zeus Maior.
Assim,
quando se diz que Deus está morto, não se diz blasfêmia quando se
o diz com a consciência acima expressa por mim; pois, nesse caso,
quem morreu não foi Deus, mas o “Deus existente” criado pelos
homens. Tal Deus morreu como conceito. Entretanto, tal Deus nunca
morreu De Fato, pois, como fato, nunca existiu — exceto na mente de
seus criadores.
Assim,
o exercício teológico, seja ele qual for, quando tenta estudar Deus
e explicar Deus, tratando-o como existente, o nega; posto que diz que
Deus existe, fazendo Dele um algo, um ente, uma criatura de nada e
nem ninguém, mas que também veio a existir dentro de Algo que
pré-existia a Ele, e, portanto, trata-se de Algo - Deus sobre o tal
Deus que existe.
A
Escritura não oferece argumentos acerca da existência de Deus.
Jesus tampouco tentou qualquer coisa do gênero. Tanto Jesus quanto a
Escritura apenas afirmam a fé em Deus, e tal afirmação é do homem
e para o homem — não para Deus —; pois se fosse para Deus, o
homem seria o Deus de Deus, posto a existência de Deus dependeria da
afirmação e do reconhecimento humano. Tal Deus nem é e nem existe;
exceto na mente de seus criadores.
Deus
não existe. O que existe pertence ao mundo das coisas que existem OU
não existem. Deus, porém, não pertence a nada, e, em relação a
Ele, nada é relação.
Defender a existência de Deus é
ridículo. Sim, tal defesa apenas põe Deus entre os objetos de
estudo. Por isto, dizer: “Deus existe e eu provo” — é não só
estupidez e burrice; mas é, sem que se o queira, parte da profissão
de fé que nega Deus; pois se tal Deus existe, e alguém prova isto,
aquele que apresenta a prova, faz a si mesmo alguém de quem Deus
depende pra existir... e ou ser.
O que “existe”, pertence
à categoria das que coisas que são porque estão. Deus, porém, não
está; posto que Ele É.
Ser e estar não são a mesma coisa,
como o são na língua inglesa. O que existe pertence ao que é
apenas porque está. Deus, entretanto, não está porque Ele É.
“E
quem direi que me enviou?” — perguntou Moisés. “Dize-lhes: O
Eu sou me enviou a vós outros!” — disse Ele.
Desse modo,
Deus não diz “Eu Estou”, mas sim “Eu Sou”. Ora, um Deus que
está, não é, mas passou a ser. Porém o Deus que É, mas não
está; não pertence ao mundo das coisas verificáveis; posto que
Aquele que É, não está; pois se estivesse, seria —, mas não
Seria Aquele de Quem procedem todas as existências, sendo Ele apenas
um ele, e não Ele; e, por tal razão, fazendo parte das coisas que
existem — mas sem poder dizer Eu Sou!
Jesus também falou da
sutileza do ser em relação ao estar. Quando indagado acerca da
ressurreição pelos saduceus (que não criam em nada que não fosse
tangível), Ele respondeu: “Não lestes o que está escrito? Eu sou
o Deus de Abraão, eu sou o Deus de Isaque, eu sou o Deus de Jacó.
Portanto, Ele é Deus de vivos,
e não de mortos; pois para Ele todos vivem”. Assim, os que vivem
para sempre são os que são em Deus, e não os que estão existindo.
A vida eterna não é existir pra sempre, mas ser em Deus.
Reverendo
Caio Fábio
Deus não existe. Ele é. Eu existo. Pois existir não é algo que seja pertinente ao que É. Existir é o que se deriva do que sendo, É de si e por si mesmo.
Deus não existe. O que existe tem começo. Deus nunca começou. Deus nunca surgiu. Nunca houve algo dentro do que Deus tenha aparecido.
Deus não existe. Se Deus existisse, Ele não seria Deus, mas apenas um ser na existência.
Se Deus existisse, Ele teria que ter aparecido dentro de algo, de alguma coisa, e, portanto, essa coisa dentro da qual Deus teria surgido, seria a Coisa-Deus de deus.
Existem apenas as coisas que antes não existiam. Existir surge da não existência. Deus, porém, nunca existiu, pois Ele é.
Sim, dizer que Deus existe no sentido de que Ele é alguém a ser afirmado como existente, é a própria negação de Deus. Pois, se alguém diz que Deus existe, por tal afirmação, afirma Deus, e, por tal razão, o nega; posto que Deus não tem que ser afirmado, mas apenas crido.
Deus É, e, portanto, não existe. Existe o Cosmos. Existem as galáxias. Existem todos os entes energéticos. Existem anjos. Existem animais e toda sorte de vida e animal vivente. Existem vegetais, peixes, e organismos de toda sorte. Existem as partículas atômicas e as subatômicas. Existe o homem. Etc. Mas Deus não existe. Posto que se Deus existisse dentro da Existência, Ele seria parte dela, e não o Seu Criador.
Um Criador que existisse em Algo, seria apenas um engenheiro Universal e um mestre de obras cósmico. Nada, além disso. Com muito poder. Porém, nada além de um Zeus Maior.
Assim, quando se diz que Deus está morto, não se diz blasfêmia quando se o diz com a consciência acima expressa por mim; pois, nesse caso, quem morreu não foi Deus, mas o “Deus existente” criado pelos homens. Tal Deus morreu como conceito. Entretanto, tal Deus nunca morreu De Fato, pois, como fato, nunca existiu — exceto na mente de seus criadores.
Assim, o exercício teológico, seja ele qual for, quando tenta estudar Deus e explicar Deus, tratando-o como existente, o nega; posto que diz que Deus existe, fazendo Dele um algo, um ente, uma criatura de nada e nem ninguém, mas que também veio a existir dentro de Algo que pré-existia a Ele, e, portanto, trata-se de Algo - Deus sobre o tal Deus que existe.
A Escritura não oferece argumentos acerca da existência de Deus. Jesus tampouco tentou qualquer coisa do gênero. Tanto Jesus quanto a Escritura apenas afirmam a fé em Deus, e tal afirmação é do homem e para o homem — não para Deus —; pois se fosse para Deus, o homem seria o Deus de Deus, posto a existência de Deus dependeria da afirmação e do reconhecimento humano. Tal Deus nem é e nem existe; exceto na mente de seus criadores.
Deus não existe. O que existe pertence ao mundo das coisas que existem OU não existem. Deus, porém, não pertence a nada, e, em relação a Ele, nada é relação.
Defender a existência de Deus é ridículo. Sim, tal defesa apenas põe Deus entre os objetos de estudo. Por isto, dizer: “Deus existe e eu provo” — é não só estupidez e burrice; mas é, sem que se o queira, parte da profissão de fé que nega Deus; pois se tal Deus existe, e alguém prova isto, aquele que apresenta a prova, faz a si mesmo alguém de quem Deus depende pra existir... e ou ser.
O que “existe”, pertence à categoria das que coisas que são porque estão. Deus, porém, não está; posto que Ele É.
Ser e estar não são a mesma coisa, como o são na língua inglesa. O que existe pertence ao que é apenas porque está. Deus, entretanto, não está porque Ele É.
“E quem direi que me enviou?” — perguntou Moisés. “Dize-lhes: O Eu sou me enviou a vós outros!” — disse Ele.
Desse modo, Deus não diz “Eu Estou”, mas sim “Eu Sou”. Ora, um Deus que está, não é, mas passou a ser. Porém o Deus que É, mas não está; não pertence ao mundo das coisas verificáveis; posto que Aquele que É, não está; pois se estivesse, seria —, mas não Seria Aquele de Quem procedem todas as existências, sendo Ele apenas um ele, e não Ele; e, por tal razão, fazendo parte das coisas que existem — mas sem poder dizer Eu Sou!
Jesus também falou da sutileza do ser em relação ao estar. Quando indagado acerca da ressurreição pelos saduceus (que não criam em nada que não fosse tangível), Ele respondeu: “Não lestes o que está escrito? Eu sou o Deus de Abraão, eu sou o Deus de Isaque, eu sou o Deus de Jacó. Portanto, Ele é Deus de vivos, e não de mortos; pois para Ele todos vivem”. Assim, os que vivem para sempre são os que são em Deus, e não os que estão existindo. A vida eterna não é existir pra sempre, mas ser em Deus.
quinta-feira, 3 de maio de 2012
Alimentando as Ovelhas ou Divertindo os Bodes
Existe um mal entre os que professam pertencer aos arraiais de Cristo, um mal tão grosseiro em sua imprudência, que a maioria dos que possuem pouca visão espiritual dificilmente deixará de perceber. Durante as últimas décadas, esse mal tem se desenvolvido em proporções anormais. Tem agido como o fermento, até que toda a massa fique levedada. O diabo raramente criou algo mais perspicaz do que sugerir à igreja que sua missão consiste em prover entretenimento para as pessoas, tendo em vista ganhá-las para Cristo. A igreja abandonou a pregação ousada, como a dos puritanos; em seguida, ela gradualmente amenizou seu testemunho; depois, passou a aceitar e justificar as frivolidades que estavam em voga no mundo, e no passo seguinte, começou a tolerá-las em suas fronteiras; agora, a igreja as adotou sob o pretexto de ganhar as multidões.
Minha primeira contenção é esta: as Escrituras não afirmam, em nenhuma de suas passagens, que prover entretenimento para as pessoas é uma função da igreja. Se esta é uma obra cristã, por que o Senhor Jesus não falou sobre ela? .Ide por todo o mundo e pregai o evangelho a toda criatura. (Mc 16.15) . isso é bastante claro. Se Ele tivesse acrescentado: .E oferecei entretenimento para aqueles que não gostam do evangelho., assim teria acontecido. No entanto, tais palavras não se encontram na Bíblia. Sequer ocorreram à mente do Senhor Jesus. E mais: .Ele mesmo concedeu uns para apóstolos, outros para profetas, outros para evangelistas e outros para pastores e mestres. (Ef 4.11). Onde aparecem nesse versículo os que providenciariam entretenimento? O Espírito Santo silenciou a respeito deles. Os profetas foram perseguidos porque divertiam as pessoas ou porque recusavam-se a fazê-lo? Os concertos de música não têm um rol de mártires.
Novamente, prover entretenimento está em direto antagonismo ao ensino e à vida de Cristo e de seus apóstolos. Qual era a atitude da igreja em relação ao mundo? .Vós sois o sal., não o .docinho., algo que o mundo desprezará. Pungente e curta foi a afirmação de nosso Senhor: .Deixa aos mortos o sepultar os seus próprios mortos. (Lc 9.60). Ele estava falando com terrível seriedade!
Se Cristo houvesse introduzido mais elementos brilhantes e agradáveis em seu ministério, teria sido mais popular em seus resultados, porque seus ensinos eram perscrutadores. Não O vejo dizendo: .Pedro, vá atrás do povo e diga-lhe que teremos um culto diferente amanhã, algo atraente e breve, com pouca pregação. Teremos uma noite agradável para as pessoas. Diga-lhes que com certeza realizaremos esse tipo de culto. Vá logo, Pedro, temos de ganhar as pessoas de alguma maneira! . Jesus teve compaixão dos pecadores, lamentou e chorou por eles, mas nunca procurou diverti-los. Em vão, pesquisaremos as cartas do Novo Testamento a fim de encontrar qualquer indício de um evangelho de entretenimento. A mensagem das cartas é: .Retirai-vos, separai-vos e purificai-vos!. Qualquer coisa que tinha a aparência de brincadeira evidentemente foi deixado fora das cartas. Os apóstolos tinham confiança irrestrita no evangelho e não utilizavam outros instrumentos. Depois que Pedro e João foram encarcerados por pregarem o evangelho, a igreja se reuniu para orar, mas não suplicaram: .Senhor, concede aos teus servos que, por meio do prudente e discriminado uso da recreação legítima, mostremos a essas pessoas quão felizes nós somos.. Eles não pararam de pregar a Cristo, por isso não tinham tempo para arranjar entretenimento para seus ouvintes. Espalhados por causa da perseguição, foram a muitos lugares pregando o evangelho. Eles .transtornaram o mundo.. Essa é a única diferença! Senhor, limpe a igreja de todo o lixo e baboseira que o diabo impôs sobre ela e traga-nos de volta aos métodos dos apóstolos.
Minha primeira contenção é esta: as Escrituras não afirmam, em nenhuma de suas passagens, que prover entretenimento para as pessoas é uma função da igreja. Se esta é uma obra cristã, por que o Senhor Jesus não falou sobre ela? .Ide por todo o mundo e pregai o evangelho a toda criatura. (Mc 16.15) . isso é bastante claro. Se Ele tivesse acrescentado: .E oferecei entretenimento para aqueles que não gostam do evangelho., assim teria acontecido. No entanto, tais palavras não se encontram na Bíblia. Sequer ocorreram à mente do Senhor Jesus. E mais: .Ele mesmo concedeu uns para apóstolos, outros para profetas, outros para evangelistas e outros para pastores e mestres. (Ef 4.11). Onde aparecem nesse versículo os que providenciariam entretenimento? O Espírito Santo silenciou a respeito deles. Os profetas foram perseguidos porque divertiam as pessoas ou porque recusavam-se a fazê-lo? Os concertos de música não têm um rol de mártires.
Novamente, prover entretenimento está em direto antagonismo ao ensino e à vida de Cristo e de seus apóstolos. Qual era a atitude da igreja em relação ao mundo? .Vós sois o sal., não o .docinho., algo que o mundo desprezará. Pungente e curta foi a afirmação de nosso Senhor: .Deixa aos mortos o sepultar os seus próprios mortos. (Lc 9.60). Ele estava falando com terrível seriedade!
Se Cristo houvesse introduzido mais elementos brilhantes e agradáveis em seu ministério, teria sido mais popular em seus resultados, porque seus ensinos eram perscrutadores. Não O vejo dizendo: .Pedro, vá atrás do povo e diga-lhe que teremos um culto diferente amanhã, algo atraente e breve, com pouca pregação. Teremos uma noite agradável para as pessoas. Diga-lhes que com certeza realizaremos esse tipo de culto. Vá logo, Pedro, temos de ganhar as pessoas de alguma maneira! . Jesus teve compaixão dos pecadores, lamentou e chorou por eles, mas nunca procurou diverti-los. Em vão, pesquisaremos as cartas do Novo Testamento a fim de encontrar qualquer indício de um evangelho de entretenimento. A mensagem das cartas é: .Retirai-vos, separai-vos e purificai-vos!. Qualquer coisa que tinha a aparência de brincadeira evidentemente foi deixado fora das cartas. Os apóstolos tinham confiança irrestrita no evangelho e não utilizavam outros instrumentos. Depois que Pedro e João foram encarcerados por pregarem o evangelho, a igreja se reuniu para orar, mas não suplicaram: .Senhor, concede aos teus servos que, por meio do prudente e discriminado uso da recreação legítima, mostremos a essas pessoas quão felizes nós somos.. Eles não pararam de pregar a Cristo, por isso não tinham tempo para arranjar entretenimento para seus ouvintes. Espalhados por causa da perseguição, foram a muitos lugares pregando o evangelho. Eles .transtornaram o mundo.. Essa é a única diferença! Senhor, limpe a igreja de todo o lixo e baboseira que o diabo impôs sobre ela e traga-nos de volta aos métodos dos apóstolos.
Por último, a missão de prover entretenimento falha em conseguir os resultados desejados. Causa danos entre os novos convertidos. Permitam que falem os negligentes e zombadores, que foram alcançados por um evangelho parcial; que falem os cansados e oprimidos que buscaram paz através de um concerto musical. Levante-se e fale o alcoólatra para quem o entretenimento na forma de drama foi um elo no processo de sua conversão! A resposta é óbvia: a missão de prover entretenimento não produz convertidos verdadeiros. A necessidade atual para o ministro do evangelho é uma instrução bíblica fiel, bem como ardente espiritualidade; uma resulta da outra, assim como o fruto procede da raiz. A necessidade de nossa época é a doutrina bíblica, entendida e experimentada de tal modo, que produz devoção verdadeira no íntimo dos convertidos.
Por último, a missão de prover entretenimento falha em conseguir os resultados desejados. Causa danos entre os novos convertidos. Permitam que falem os negligentes e zombadores, que foram alcançados por um evangelho parcial; que falem os cansados e oprimidos que buscaram paz através de um concerto musical. Levante-se e fale o alcoólatra para quem o entretenimento na forma de drama foi um elo no processo de sua conversão! A resposta é óbvia: a missão de prover entretenimento não produz convertidos verdadeiros. A necessidade atual para o ministro do evangelho é uma instrução bíblica fiel, bem como ardente espiritualidade; uma resulta da outra, assim como o fruto procede da raiz. A necessidade de nossa época é a doutrina bíblica, entendida e experimentada de tal modo, que produz devoção verdadeira no íntimo dos convertidos.
Por último, a missão de prover entretenimento falha em conseguir os resultados desejados. Causa danos entre os novos convertidos. Permitam que falem os negligentes e zombadores, que foram alcançados por um evangelho parcial; que falem os cansados e oprimidos que buscaram paz através de um concerto musical. Levante-se e fale o alcoólatra para quem o entretenimento na forma de drama foi um elo no processo de sua conversão! A resposta é óbvia: a missão de prover entretenimento não produz convertidos verdadeiros. A necessidade atual para o ministro do evangelho é uma instrução bíblica fiel, bem como ardente espiritualidade; uma resulta da outra, assim como o fruto procede da raiz. A necessidade de nossa época é a doutrina bíblica, entendida e experimentada de tal modo, que produz devoção verdadeira no íntimo dos convertidos.
Charles Haddon Spurgeon
Assinar:
Postagens (Atom)