Spurgeon e os Charutos

Eu Voluntariamente os Amarei por Charles Haddon Spurgeon “ Eu voluntariamente os amarei ” (Oséias 14:4, RC) Esta frase é a...

terça-feira, 7 de agosto de 2012


É dando que se recebe?




Estamos em tempos de montagem de governos. Há disputas por cargos e funções por parte de partidos e de políticos. Ocorrem sempre negociações, carregadas de interesses e de muita vaidade. Neste contexto, se ouve citar um tópico da inspiradora oração de São Francisco pela paz “é dando que se recebe” para justificar a permuta de favores e de apoios onde também rola muito dinheiro. É uma manipulação torpe do espírito generoso e desinteressado de São Francisco. Mas desprezemos estes desvios e vejamos seu sentido verdadeiro.
Há duas economias: a dos bens materiais e a dos bens espirituais. Elas seguem lógicas diferentes. Na economia dos bens materiais, quanto mais você dá bens, roupas, casas, terras e dinheiro, menos você tem. Se alguém dá sem prudência e esbanja perdulariamente acaba na pobreza.
Na economia dos bens espirituais, ao contrario, quanto mais dá, mais recebe, quanto mais entrega, mais tem. Quer dizer, quanto mais dá amor, dedicação e acolhida (bens espirituais) mais ganha como pessoa e mais sobe no conceito dos outros. Os bens espirituais são como o amor: ao se dividirem, se multiplicam. Ou como o fogo: ao se espalharem, aumentam.
Compreendemos este paradoxo se atentarmos para a estrutura de base do ser humano. Ele é um ser de relações ilimitadas. Quanto mais se relaciona, vale dizer, sai de si em direção do outro, do diferente, da natureza e até de Deus, quer dizer, quanto mais dá acolhida e amor mais se enriquece, mais se orna de valores, mais cresce e irradia como pessoa.
Portanto, é “dando que se recebe”. Muitas vezes se recebe muito mais do que se dá. Não é esta a experiência atestada por tantos e tantas que dão tempo, dedicação e bens na ajuda aos flagelados da hecatombe socioambiental ocorrida nas cidades serranas do Rio de Janeiro, no triste mês de fevereiro, quando centenas morreram e milhares ficaram desabrigados? Este “dar” desinteressado produz um efeito espiritual espantoso que é sentir-se mais humanizado e enriquecido. Torna-se gente de bem, tão necessária hoje.
Quando alguém de posses, dá de seus bens materiais dentro da lógica da economia dos bens espirituais para apoiar aos que tudo perderam e ajudá-los a refazer a vida e a casa, experimenta a satisfação interior de estar junto de quem precisa e pode testemunhar o que São Paulo dizia:”maior felicidade é dar que receber”(At 20,35). Esse que não é pobre, se sente espiritualmente rico.
Vigora, portanto, uma circulação entre o dar e o receber, uma verdadeira reciprocidade. Ela representa, num sentido maior, a própria lógica do universo como não se cansam de enfatizar biólogos e astrofísicos. Tudo, galáxias, estrelas, planetas, seres inorgânicos e orgânicos, até as partículas elementares, tudo se estrutura numa rede intrincadíssima de inter-retro-relações de todos com todos. Todos co-existem, inter-existem, se ajudam mutuamente, dão e recebem reciprocamente o que precisam para existir e co-evoluir dentro de um sutil equilíbrio dinâmico.
Nosso drama é que não aprendemos nada da natureza. Tiramos tudo da Terra e não lhe devolvemos nada nem tempo para descansar e se regenerar. Só recebemos e nada damos. Esta falta de reciprocidade levou a Terra ao desequilíbrio atual.
Portanto, urge incorporar, de forma vigorosa, a economia dos bens espirituais à economia dos bens materiais. Só assim restabeleceremos a reciprocidade do dar e do receber. Haveria menos opulência nas mãos de poucos e os muitos pobres sairiam da carência e poderiam sentar-se à mesa comendo e bebendo do fruto de seu trabalho. Tem mais sentido partilhar do que acumular, reforçar o bem viver de todos do que buscar avaramente o bem particular. Que levamos da Terra? Apenas bens do capital espiritual. O capital material fica para trás.
O importante mesmo é dar, dar e mais uma vez dar. Só assim se recebe. E se comprova a verdade franciscana segundo a qual ”é dando que recebe” ininterruptamente amor, reconhecimento e perdão. Fora disso, tudo é negócio e feira de vaidades.
Leonardo Boff é autor de A oração de São Francisco, Vozes 2010.

domingo, 29 de julho de 2012


C. S. Lewis: O HUMOR NA MEDIDA CERTA


Gabriele Greggersen Bretzke*

O segredo da grande aceitação mundial do best-seller de C.S.Lewis, Screwtape Letters (1), as famosas 31 cartas de um diabo a seu sobrinho, encontra-se tanto em seu estilo - ameno, fino e bem humorado, "britânico" -, como no conteúdo, que apresenta profundas verdades da antropologia filosófica. Nele não encontramos concessões a um "gosto moderno", mais apreciador daquele outro tipo de humor que incita ao deboche ou à zombaria sarcástica, associada, por exemplo, a temas políticos.
Aliás, são precisamente estes humores (que fazem do criticismo e do escárnio seu único absoluto) os mais apreciados e incentivados pelo diabo Screwtape (o protagonista, "autor" das cartas) em seu trabalho de orientação (realizado com um tom tão pedagógico e paternal) de seu inexperiente sobrinho, Wormwood, encarregado da missão de desencaminhar um humano: o gentleman inglês, Mr. Spike.
Nesse sentido, dentre suas centenas de investidas (em que se aproveita de seu conhecimento das debilidades da natureza humana para seduzir e desviar), destacamos a seguinte - uma diabólica filosofia do humor - em que expressa seu contentamento pelas más amizades que seu paciente humano tem mantido com:
"pessoas absolutamente confiáveis: constantes escarnecedores, mundanos consumados que, sem cometer crimes espetaculares, caminham segura e decididamente para a casa de nosso Pai. Em sua carta, querido sobrinho, você comentava que eles vivem em grandes zombarias e gargalhadas. Espero que você não esteja pensando que o riso em si esteja sempre a nosso favor. Este é um ponto importante, que merece atenção. Classifico as causas do rir humano em: alegria, divertimento, piada e escárnio. Você encontrará a primeira entre amigos e enamorados, reunidos em vésperas de feriado. Sempre aparece entre adultos um ou outro pretexto para piada, mas a facilidade com que o mínimo toque de humor desata o riso, em tais ocasiões, demonstra que não é ele sua real causa. Qual seja essa causa real, não o sabemos. Algo de semelhante acontece com boa parte daquela detestável arte a que os humanos chamam·música e algo parecido ocorre também no Céu - uma aceleração sem sentido do ritmo da experiência celestial, totalmente opaca para nós. Risos dessa espécie são prejudiciais para nós e devem sempre ser desencorajados. Além disso, o próprio fenômeno, em si, é repugnante; um insulto direto ao realismo, dignidade e austeridade do Inferno..." (Letter XI).
Lewis - com insuperável sutileza - mostra o caráter problemático que há no humor que se alimenta de zombaria e escárnio e não da verdadeira e desinteressada alegria. Pois, para o diabo, o mais apreciado de todos os humores é precisamente "... o escárnio. Em primeiro lugar, é muito econômico. Só um ser humano inteligente consegue fazer uma boa piada com a virtude (ou até com qualquer outra coisa); mas podemos treinar qualquer um para falar como se a virtude fosse cômica. Entre zombeteiros, é como se a piada já tivesse ocorrido; na verdade, ninguém a faz, mas qualquer assunto sério é tratado como se eles já tivessem encontrado seu lado ridículo. Quando arraigado, o hábito do escárnio constrói em torno do homem a melhor couraça que conheço contra o Inimigo; com a vantagem de ser isento dos perigos inerentes às demais fontes de riso. Dista anos-luz da alegria; embota o intelecto em vez de o aguçar, e não gera qualquer afeição entre os que o praticam" (Letter XI).
O autor pouco lança mão de recursos estilísticos como hipérbole e metonímia, freqüentemente usados por um humor pesado, que caricaturiza a realidade. Ao contrário, o que encontramos nas Cartas são doses bastante sóbrias de realismo, expresso por outros recursos de ficção, meta-humorísticos (um humor que tematiza o próprio humor), que servem mais para representar as contigências da própria vida - de uma forma diferente e, por isso, engraçada - do que para estereotipá-las.
Já no Prefácio, Lewis explicita que o "humor envolve um senso de proporção e a capacidade de uma pessoa ver-se como que do exterior". Não se trata, portanto, de algum humor ingênuo de quem se aliena das amarguras do mundo, mas, sim, de uma maneira de encará-las, desvendando o seu "outro lado", a face oposta, simétrica. Não se trata de distorcer a realidade, vendo outra coisa em seu lugar, mas apenas de outra forma de ver.
O realismo de Lewis tangencia, em vários momentos, a "crítica histórico-social", quando toca temas atuais e graves como a guerra, o nazismo, a democracia, o cientificismo e evolucionismo, a liberdade sexual e até a ecologia (principalmente no brinde proferido pelo diabo-mor, por ocasião do jantar anual do Colégio de Treinamento de Tentadores, capítulo final acrescido posteriormente por Lewis). Ao mesmo tempo que expressa um puro e simples prazer de divertir o leitor, o autor chama a atenção para atemporais valores humanos, profundamente essenciais: a humildade, o amor, a paixão, o prazer, o sofrimento, etc.
Desta forma, não só se posiciona diante das grandes polêmicas de seu (nosso) tempo, contribuindo efetivamente para elas, mas também pratica o que talvez seja o verdadeiro sentido e razão de ser do humor, como também da ficção e da arte: o de tratar de temas profundos de forma descontraída. Sem tais recursos, estes assuntos correriam o risco de serem, para muitos leitores, simplesmente ignorados.
Seu humor "de proporção" sabe reconciliar pólos aparentemente opostos: a alegria acompanha situações que representam antes tristeza e sofrimento (a este respeito o autor dedicou sua obra The Problem of Pain). Assim, admitindo-se que "o sofrimento faz parte essencial do que se chama Redenção" ou "graça", é possível compreender esta menos explícita finalidade do humor lewisiano, que lhe permite colocar em jogo tais questões que escapam a qualquer tentativa de abordagem teórica direta (como se sabe, Lewis, como professor universitário publicou também vários trabalhos acadêmicos eruditos).
Assim, é em Screwtape Letters que encontramos a melhor expressão das teses clássicas cristãs relativas ao prazer. Screwtape adverte seu ingênuo sobrinho de que a luta contra o "Inimigo" requer a erradicação desse fenômeno humano altamente "perigoso", o verdadeiro prazer:
"Como é que você não percebeu que um prazer de verdade era a última coisa que lhe devia apresentar? Não percebeu que prazeres do tipo que lhe foram proporcionados por aquele livro e por aquele passeio seriam os mais perigosos? Arrancam dele toda aquela espécie de crosta que você andou formando e lhe dão a sensibilidade de quem está de 'volta para casa' e se recuperando" (Letter XIII)".
Logo em seguida são fornecidos os remédios contra os "males" do prazer:
"Você precisa empenhar-se em fazer o paciente abandonar as pessoas, pratos ou livros de que realmente ele gosta, em favor das pessoas 'melhores', do alimento 'correto' e dos livros 'importantes' (...) Que faça o que bem entender, mas sem agir. Não há devoção que nos atrapalhe, desde que a mantenhamos longe de sua vontade. Como disse um dos humanos: hábitos ativos fortificam-se, hábitos passivos debilitam-se. Quanto mais ele sentir sem agir, menos será capaz de agir e, a longo prazo, menos será capaz de sentir" (Carta XIII).
Assim, tudo o que for ligado ao verdadeiro bom humor, como o bom senso e o senso do ridículo é considerado arsenal de primeira linha do Inimigo.
"O Divertimento relaciona-se intimamente à Alegria - espécie de espuma emocional que surge do instinto lúdico. De pouco nos serve. Evidentemente, pode ser utilizado, às vezes, a fim de distrair o paciente de algo que o Inimigo desejaria que ele fizesse ou sentisse: mas por si mesmo, possui tendências positivamente indesejáveis, promove a caridade, a determinação, o contentamento e muitos outros males.
Já a piada, que costuma girar em torno da súbita percepção de uma incongruência, é um campo mais promissor. Não me refiro principalmente à piada indecente ou libidinosa que - embora muito adotada por tentadores de segunda categoria -, é freqüentemente desapontadora em seus resultados. Na verdade, os humanos, neste assunto, podem ser classificados, claramente, em dois tipos: para alguns, não existe 'paixão mais séria que a luxúria' e a piada indecente deixa de ser excitante, precisamente na medida em que é engraçada; para outros, o riso e a luxúria excitam-se mutuamente no mesmo momento e pelas mesmas razões. A primeira espécie faz piada de sexo porque ela oferece ocasião de incongruências; a segunda, cultiva incongruências para ter ocasião de falar sobre sexo. Se o paciente pertence ao primeiro tipo, piada obscena não lhe adiantará - jamais esquecerei as horas que perdi (horas de insuportável tédio para mim) com um dos meus primeiros pacientes nos bares, antes de ter aprendido esta regra. Descubra o grupo de seu paciente, mas impeça-o de o descobrir também (...)" (Letter XI).
Numa ocasião bela e prazerosa como um noivado, recomenda-se que: "acima de tudo os jovens tolos" não desvendem as idéias enganosas que lhes estão sendo sussurradas aos ouvidos, pois, se caírem em si "estarão a caminho da descoberta de que só o 'amor' não basta, que precisam de caridade, que ainda não a conquistaram e que não há lei externa que lhe tome o lugar". "Acima de tudo, é preciso "solapar o senso do ridículo (de humor)" dos homens (Letter XXVI).
E a grande ameaça que há no verdadeiro humor revela-se nas situações mais corriqueiras, especialmente nas que se mostram realmente ricas e saudáveis para o espírito humano.
Consciente disso, Screwtape recomenda: "Agarre-o no momento em que estiver realmente humilde e insinue-lhe o pensamento: 'Quem diria! Sou humilde!'. Imediatamente surgirá o orgulho por sua profunda humildade. Se ele despertar para o perigo e procurar sufocar essa nova forma de orgulho, que se orgulhe dessa tentativa - e assim por diante, em tantos estágios quantos quiser. Mas não por muito tempo, para não lhe despertar o senso de humor e da proporção; nesse caso, ele rirá na sua cara e irá dormir" (Letter XIV).
Em outra passagem, louva os estados de depressão e vazio existencial, como os mais propícios para fazer seu paciente "perder a cabeça" e cair na "arapuca":
"Deixe-o sem fazer nada por muito tempo. Mantenha-o acordado à noite, não na farra, mas olhando para um fogo morto, numa sala fria. As atividades saudáveis e extrovertidas que desejamos que evite podem ser inibidas - sem termos que lhe dar nada em troca -, para que afinal, possa dizer, como um dos meus pacientes, ao chegar cá em baixo: 'Vejo agora que passei a vida sem fazer o que devia e nem tampouco o que gostava'" (Letter XII).
O leitor encontrará, ao longo de todo o livro, uma série de exemplos deste "humor proporcional" ou metafórico, que diz uma coisa para significar outra, inclusive na própria postura que o autor expressa a respeito de "Deus e o mundo".
Logo no Prefácio, Lewis responde explicitamente à pergunta de vários leitores, se, afinal de contas, acredita ou não no Diabo e no Inferno, com um verdadeiro "tratado anti-maniqueísta":
"Ora, se por 'Diabo' entende-se uma potência oposta a Deus, existente por si mesma desde toda a eternidade, a resposta é certamente 'não'. Não existe ser incriado, exceto Deus. Deus não tem opostos. Nenhum ser poderia atingir a 'perfeita maldade', oposta à perfeita bondade divina, visto que, tiradas todas as espécies de coisas boas (inteligência, vontade, memória e a própria existência) nada restaria dele. O certo seria perguntar-me se creio nos diabos. Sim, creio. Ou antes, creio nos anjos e creio que alguns deles, abusando do livre-arbítrio, tornaram-se inimigos de Deus. (...) Satã, líder e ditador dos diabos, é o oposto não de Deus, mas de Miguel".
E recomenda, quanto ao seu próprio livro, que não o encarem como algo extraordinário, mas como algo que foi facilmente escrito (porque a fonte inspiradora foi o seu próprio coração). Por outro lado, foi penoso e difícil (porque não é fácil torcer o pensamento para a atitude diabólica, que com o tempo provoca uma espécie de "cãibra espiritual"). Sugere que seus diabos não sejam encarados mais do que como "símbolos ou personificações de abstrações e o livro, uma alegoria.

(*) Mestre e doutoranda em Filosofia da Educação da Faculdade de Educação da USP.
(1) Screwtape letters, Londres, William Collins. Em edição brasileira Cartas do Coisa-Ruim, São Paulo, Loyola, 1982. Para surpresa do próprio autor, somente na Europa houve mais de 30 edições, com mais de 200.000 exemplares.

terça-feira, 10 de julho de 2012


SEM FÉ… todos são saduceus, fariseus, teólogos, filósofos, ou sacerdotes...  

Quando a Bíblia diz que o “justo de Deus apenas viverá pela fé”, ela nos dá o único modo de andar com Deus, ou com alguém que seja Deus.
Sim! Se existe Deus, e há; então, por que meio posso eu andar com Ele, se tudo em mim não tem adequação para discerni-Lo?  
Nada em mim comporta Deus!
Minha mente não agüenta Deus. Meu espírito enlouquece diante de Deus. Minha alma surta. Meu corpo desfalece...
Eu sou para Deus, mas Deus não é para mim...
Somente a fé “consegue” Deus...
Sim! Pois, na fé cabe o impensável e o impossível; e Deus é ambos: impensável e impossível.
E não somente isto...
A própria experiência do existir com a presunção do saber [Queda, Árvore do Conhecimento do Bem e do Mal] me põe em um estado no qual Deus, sem a fé, é a pior de todas as loucuras...
Surge o “Deus” da religião...
O “Deus” sem Deus!
Por isto, sem fé Deus faz mal.
Deus, sem fé, vira crença religiosa; ou seja: vira deus; ou “Deus”, mas não Deus.
Sem a fé..., Deus vira o diabo...
Aliás, sem a fé, o “Deus” que existe é o diabo.
Por isto, entre outras coisas, sem fé é impossível agradar a Deus!
Deus é; mas sem fé não há Deus para nenhum homem...
Então a fé é Deus?... Pois, se sem fé não há Deus para o homem, não seria justo crer que a fé seja Deus?
Não, é claro; mas, sem fé, não tenho como me relacionar com Deus!
A fé é meio, é mídia, é mão que pega o infinito apenas porque crê que não pode...
É da natureza da fé não aceitar limites como lógicas. Por isto somente a fé pode dialogar com Deus; pois, de que outra forma conversaria eu com Ele?
Sem fé não há fé... Obvio? Ah! Quem dera!
O que posso mais dizer?
Talvez mais uma coisa apenas:...
A verdadeira fé tem prazer em sua própria simplicidade e confiança.
O galardão da fé é Deus!
Quer mais?...

Nele, que me ensinou e ensina a simplesmente crer em tal simplicidade,


Caio
20 de abril de 2009

quarta-feira, 27 de junho de 2012





     A Grandiosidade do Homem Depende da Mulher, mas Só Enquanto não a Possui..







    O homem deve à mulher tudo quanto fez de belo, de insigne, de espantoso, porque da mulher recebeu o entusiasmo; ela é o ser que exalta. Quantos moços imberbes, tocadores de flauta, não celebraram já o tema? E quantas pastoras ingenuas não o ouviram também? Confesso a verdade quando digo que a minha alma está isenta de inveja e cheia de gratidão para com Deus; antes quero ser homem pobre de qualidades, mas homem, do que mulher - grandeza imensurável, que encontra a sua felicidade na ilusão. Vale mais ser uma realidade, que ao menos possui uma significação precisa, do que ser uma abstracção susceptível de todas as interpretações. É, pois, bem verdade: graças à mulher é que a idealidade aparece na vida; que seria do homem, sem ela? Muitos chegaram a ser génios, heróis, e outros santos, graças às mulheres que amaram; mas nenhum homem chegou a ser génio por graça da mulher com quem casou; por essa, quando muito, consegue o marido ser conselheiro de Estado; nenhum homem chegou a ser herói pela mulher que conquistou, porque essa apenas conseguiu que ele chegasse a general; nenhum homem chegou a ser poeta inspirado pela companheira de seus dias, porque essa apenas conseguiu que ele fosse pai; nenhum homem chegou a ser santo pela mulher que lhe foi destinada, porque esse viveu e morreu celibatário. Os homens que chegaram a ser génios, heróis, poetas e santos cumpriram a sua missão inspirados pelas mulheres que nunca chegaram a ser deles.Se a idealidade da mulher fosse positivamente, e não negativamente, um factor de entusiasmo, inspiratriz seria a mulher à qual o homem, casando, se unisse para toda a vida. A realidade fala-nos, porém, outra linguagem. Quero dizer que a mulher desperta, sim, o homem para a idealidade, mas só o torna criador na relação negativa que mantém com ele. Compreendidas assim as coisas, poderá efectivamente dizer-se que a mulher é inspiradora, mas a afirmação directa não passa de um paralogismo em que só a mulher casada pode acreditar. Quem ouviu alguma vez dizer que uma mulher casada tivesse conseguido fazer do marido um poeta? A mulher inspira o homem, sim, mas durante o tempo que for vivendo até a possuir. Tal é a verdade que está escondida na ilusão da poesia e da mulher. Que o homem não possua a mulher, isso é o que pode ser entendido de várias maneiras. Ou está ainda na luta para a conquistar, e assim se disse que a donzela entusiasmou o amante a ponto de fazer dele um cavaleiro, mas nunca se ouviu dizer que um homem se tornasse valente por influência da mulher com quem casou. Ou está convencido de que nunca lhe será possível casar com ela, e assim se diz que a donzela entusiasmou e despertou a idealidade do amante que se manifestou capaz de cultivar os dons espirituais de que porventura era portador. Mas uma esposa, uma dona de casa, tem tantas coisas prosaicas com que se preocupar, que nunca desperta no marido a idealidade. 


Soren Kierkegaard, in "O Banquete" (Discurso de Vitor Eremita)

quarta-feira, 20 de junho de 2012


O Significado de "KOSMOS" em João 3:16
por
Arthur W. Pink

Pode parecer para alguns de nossos leitores que a exposição que demos de João 3:16 no capítulo sobre “Dificuldades e Objeções” é forçada e não natural, na medida em que nossa definição do termo “mundo” parece estar fora de harmonia com o significado e escopo desta palavra em outras passagens, onde, fornecer o mundo de crentes (os eleitos de Deus) como uma definição de “mundo” parece não fazer sentido. Muitos têm nos dito: “Certamente, ‘mundo’ significa mundo, isto é, você, eu, e cada pessoa”. Em resposta dizemos: Nós sabemos por experiência quão difícil é pôr de lado as “tradições de homens” e chegar a uma passagem que temos ouvido explanada de um certo modo muitas vezes, e nós mesmos estudá-la cuidadosamente sem preconceito. Todavia, isto é essencial se desejarmos aprender a mente de Deus.
Muitas pessoas supõem que elas já conhecem o simples significado de João 3:16 e, portanto, concluem que nenhum estudo diligente é requerido delas para descobrir o ensino preciso deste verso. É desnecessário dizer, que tal atitude impede a entrada de qualquer luz adicional que de outra forma eles poderiam obter sobre a passagem. Além disso, se alguém pegar uma Concordância e ler cuidadosamente as várias passagens nas quais o termo “mundo” (como uma tradução de “kosmos”) ocorre, ela rapidamente perceberá que para se averiguar o preciso significado da palavra “mundo” em qualquer passagem, não será nem um pouco fácil como é popularmente suposto. A palavra “kosmos”, e seu equivalente em português “mundo”, não é usada com um significado uniforme no Novo Testamento. Extremamente longe disso. Ela é usada em um número de formas absolutamente diferentes. Abaixo nos referiremos a algumas poucas passagens onde este termo ocorre, sugerindo uma tentativa de definição em cada caso:
"Kosmos" é usado para definir o Universo como um todo: Atos 17:24 – “O Deus que fez o mundo e tudo que nele há, sendo Senhor do céu e da terra”.
"Kosmos" é usado para definir a terra: João 13:1; Efésios 1:4, etc., etc.- "Ora, antes da festa da Páscoa, sabendo Jesus que já era chegada a sua hora de passar deste mundo para o Pai, como havia amado os seus que estavam no mundo, amou-os até ao fim”. “Passar deste mundo” significa, deixar esta terra. “Como também nos elegeu nele antes da fundação do mundo”, Esta expressão significa, antes da terra ser fundada – compare Jó 38:4, etc.
"Kosmos" é usado para definir o sistema mundial: João 12:31, etc. “Agora, é o juízo deste mundo; agora, será expulso o príncipe deste mundo” – compare Mateus 4:8 e 1 João 5:19.
"Kosmos" é usado para definir toda a raça humana: Romanos 3:19, etc. – “Ora, nós sabemos que tudo o que a lei diz aos que estão debaixo da lei o diz, para que toda boca esteja fechada e todo o mundo seja condenável diante de Deus”.
"Kosmos" é usado para definir a humanidade menos os crentes: João 15:18, Romanos 3:6. “Se o mundo vos aborrece, sabei que, primeiro do que a vós, me aborreceu a mim”. Os crentes não “odeiam” a Cristo, de forma que “o mundo” aqui deve significar o mundo de descrentes em contraste com os crentes que amam a Cristo. “De maneira nenhuma! Doutro modo, como julgará Deus o mundo?”. Aqui é outra passagem onde “o mundo” não pode significar “você, eu, e cada pessoa”, porque os crentes não serão “julgados” por Deus, ver João 5:24. De forma que aqui, também, deve ser o mundo de descrentes que está em vista.
"Kosmos" é usado para definir os Gentios em contraste com os Judeus: Romanos 11:12, etc. “E, se a sua (Israel) queda é a riqueza do mundo, e a sua (Israel) diminuição, a riqueza dos gentios, quanto mais a sua plenitude (de Israel) !”. Note como a primeira cláusula em negrito é definida pela última cláusula colocada em negrito. Aqui, novamente, “o mundo” não pode significar toda a humanidade porque ele exclui Israel!
"Kosmos" é usado para definir somente os crentes: João 1:29; 3:16,17; 6:33; 12:47; 1 Coríntios 4:9; 2 Coríntios 5:19. Nós deixaremos nossos leitores se voltarem para estas passagens, pedido-lhes notar, cuidadosamente, exatamente o que é dito e relacionado com “o mundo” em cada lugar.
Assim, pode ser visto que “kosmos” tem pelo menos sete significados diferentes claramente definidos no Novo Testamento. Pode ser perguntado: Deus tem usado então uma palavra assim para confundir e embaraçar aqueles que lêem as Escrituras? Nós respondemos: Não! nem tem Ele escrito Sua Palavra para pessoas preguiçosas que são tão negligentes, ou tão ocupadas com as coisas deste mundo, ou, como Marta, tão ocupadas em “servir”, que não têm tempo e nem coração para “examinar” e “estudar” as Escrituras Sagradas! Poderia ser ainda perguntado: Mas como é que um examinador das Escrituras sabe qual dos significados acima o termo “mundo” tem em alguma determinada passagem? A resposta é: Isto pode ser averiguado por um estudo cuidadoso do contexto, diligentemente notando qual é a relação de “o mundo” em cada passagem, e em total oração consultando outras passagens paralelas àquela que está sendo estudada. O principal assunto de João 3:16 é Cristo como o Dom de Deus. A primeira cláusula nos diz que Deus foi movido a “dar” Seu Filho unigênito, e isto por Seu grande “amor”; a segunda cláusula nos informa para quem Deus “deu” Seu Filho, e é para “todo aquele (ou, melhor, ‘cada um’) que crê”; enquanto a última cláusula faz conhecido porque Deus “deu” Seu Filho (Seu propósito), e isto é para que todo aquele que crê “não pereça mas tenha a vida eterna”. Que “o mundo” em João 3:16 refere-se ao mundo de crentes (os eleitos de Deus), em distinção com “o mundo dos ímpios” (2 Pedro 2:5), é estabelecido, inequivocadamente estabelecido, por uma comparação com outras passagens que falam do “amor” de Deus. ”Mas Deus prova o seu amor para CONOSCO” – os santos, Romanos 5:8. ”Porque o Senhor corrige o que ama” – todo filho, Hebreus 12:6. “Nós o amamos porque ele NOS amou primeiro” – os crentes, 1 João 4:19. Do ímpio Deus tem “piedade” (ver Mateus 18:33). Para os ingratos e maus Ele é “bom” (ver Lucas 6:35). Os vasos de ira Deus suporta “com muita paciência” (ver Romanos 9:22). Mas “os Seus”, Deus “ama”!

NOTA DO TRADUTOR:
 O presente artigo é um dos apêndices (o terceiro) do excelente livro “A Soberania de Deus”, de Arthur Pink. Este livro foi traduzido para o português e publicado pela Editora Fiel, com o título “Deus é Soberano”. Contudo, não consta na versão brasileira o capítulo sobre “A Soberania de Deus na Reprovação” e nenhum dos quatro apêndices, os quais podem ambos ser lidos no site Monergismo.com.

Tradução livre: Felipe Sabino de Araújo Neto
Cuiabá-MT, 15 de Julho de 2003.

terça-feira, 12 de junho de 2012


O Que Posso Ser Para Deus



O que posso ser e o que sou.

Sou para ele, antes de mais nada, uma criatura. Feita por ele, à sua imagem e semelhança, ainda que de barro - ele, o oleiro, eu, o barro. Obra que ele executou com requintes de perfeição, como tudo o mais que saiu das suas mãos.
Também sou para ele um pecador. Uma criatura transviada. Perdida. Ele Santo e eu um réprobo1 arrastado na esteira de outros réprobos e arrastando na minha esteira ainda outros muitos. Na correnteza do pecado.
Mas, felizmente posso ser para Deus mais que uma simples criatura e mais do que um pecador comum.
Posso ser uma nova criatura desde que a sua graça faça de mim um novo homem.
Por meio de Cristo. Como escreveu o apóstolo Paulo:
"Se alguém está em Cristo, nova criatura é; as coisas velhas já passaram; eis que tudo se fez novo" (II Coríntios 5:17).
Como se o homem nascesse outra vez, segundo a palavra de Jesus:
"Na verdade, na verdade te digo que aquele que não nascer de novo, não pode ver o reino de Deus" (João 3:3).
E se sou pecador posso ser para Deus um santo. Depois de fazer-me uma nova criatura ele pode fazer de mim um santo. Por meio de Cristo, que fez expiação por mim: entende-se por expiação a eliminação da culpa pelo cumprimento da pena correspondente. Foi o que Cristo fez por mim no Calvário.
Não sou justo, mas poso ser justificado. Justificado pela fé. Quando chego a este ponto não sou uma simples criatura de Deus, mas um filho de Deus.
"Mas, a todos quantos o receberam, deu-lhes o poder de serem feitos filhos de Deus, aos que crêem no seu nome" (João 1:12).
E se filho posso tratá-lo de Pai:
"Pai nosso, que estás nos céus" (Mateus 6:9).
Tratando pessoalmente com ele, essa é uma comunhão que será cada vez mais profunda, se eu insistir em conservá-la.
Não demorará muito e serei amigo de Deus. Terei afinidade com ele. Um filho amigo do Pai, o que nem sempre um filho é.
Abraão foi chamado amigo de Deus (Tiago 2:23).
Posso ser mais, ainda que pareça menos: servo de Deus. Escravo de Deus, como o apóstolo Paulo apreciava referir-se a si mesmo. Deus como patrão e como Senhor.
Posso ser-lhe discípulo. Ele meu Mestre e eu seu discípulo.
Posso ser um instrumento de Deus. Um vaso escolhido, como foi o apóstolo Paulo. Uma voz como foi João Batista.
Assim posso ser alguém para Deus se ele for alguém para mim.
Como se houvesse uma troca de serviços. Um intercâmbio espiritual. É quando a vida do homem tem substância: quando o homem está em Deus e Deus está no homem.






Pastor Rubens Lopes

sábado, 9 de junho de 2012


O Que Deus Pode Ser Para Mim



  Nada, se para mim ele não existe. Sou ateu, teórico ou prático. Teórico, porque se digo que Deus não existe é porque tenho as minhas razões intelectuais; ou prático porque, se não nego a existência de Deus, vivo como se ele não existisse.
  
  Deus pode ser para mim uma abstração. Metafísica pura. Um princípio independente do mudo. Causa e fim de todas as coisas. Motor imóvel, que é movimento e potência, como queria Aristóteles. A grande unidade, ponto de partida para todos os números, como pensava Galileu. O Bem supremo, como pretendia Platão. A mônada1 central, como preferia dizer Leibnitz. Ou Ser absoluto, perfeito, causa primeira e razão última de todas as coisas existentes ou possíveis, como ensinam os compêndios tradicionais de filosofia.

  Qualquer desses conceitos, certo ou errado, não diz nada. Ou, se diz, diz muito pouco.
Pode ser a escultura que impressiona pelas linhas e pela perfeição: uma estátua, mesmo a que só falta falar, como Moisés de Miguel Ângelo, é sempre uma estátua.
Falta-lhe o calor da vida. A beleza inimitável da vida. Se Deus para mim é um mero conceito filosófico ou teológico, tenho o coração vazio dele. Se Deus não passa para mim de uma idéia encadernada, de papel, que conservo numa prateleira de minha biblioteca, essa é uma idéia oca. Sem consistência. De que me serve um Deus mumificado, empalhado?
Mas que é que Deus é então para mim?
Alguém. Deus tem que ser alguém. Não algo, mas alguém. Uma pessoa. Espírito. Conhecemo-lo pelos seus atributos, mas estes não fazem parte da natureza de Deus, uma vez que só se manifestam nas obras da criação e da Providência. Deus existe independente deles. É auto-existente.
Mas bastará que ele seja alguém?
E se for alguém ausente? Que tenha dado corda à criação - as leis seriam a corda - e se recolhido, como fazemos nós que damos corda ao nosso relógio e vamos dormir em seguida, deixando-o trabalhar sozinho?
Assim pensam os deístas, que negam toda revelação e acreditam apenas na religião natural. Religião é o exercício da moralidade como obediência a Deus, dizem eles.
Ao contrário. Deus tem que ser alguém presente. Alguém interveniente. É o teísmo. Deus como Providência.
Deus em mim. Na minha vida. No mundo das minhas afeições e a mais cara de todas elas: "Amarás o Senhor teu Deus de todo o teu coração, de toda a tua alma e de todo o teu entendimento" (Mateus 22:37).
Deus como Pai, como Salvador, como Consolador, como Amigo. Amigo de todas as horas. Amigo mais chegado do que um irmão (Provérbios 18:24).
Deus vivendo comigo, dentro da mesma casa, no meu coração.
"Respondeu Jesus: Se alguém me ama, guardará a minha palavra: e meu Pai o amará e viremos para ele e faremos nele morada" (João 14:23).
  
  Eis o que Deus é para mim. Ele é para mim o que foi para os patriarcas, para os profetas, para os apóstolos. E o que é para todos os cristãos autênticos.





Pastor Rubens Lopes - O Trovão Batista

segunda-feira, 4 de junho de 2012

Por que Jesus mandou pregar o Evangelho?


Por que Jesus mandou pregar o Evangelho?



Primeiro devo começar com o que não é objetivo do anuncio do Evangelho, mas que entre a multidão dos discípulos equivocados, é aclamado como sendo parte do objetivo do Evangelho.

Não é objetivo de Jesus que o Evangelho seja anunciado a fim de fazer as pessoas mudarem de religião.

Nem tampouco para que as pessoas passem a freqüentar um templo, nem para cantarem hinos para Jesus entre chineses ou hindus, esquimós ou índios nus, como dizia o “corinho” da Escola Dominical.


Nem ainda é objetivo de Jesus que o Evangelho seja anunciado para que o Cristianismo se expanda na Terra. Deus não é cristão, contrariamente ao que alguns dizem: “O Deus cristão é...” assim ou assado...

Nem ainda é objetivo de Jesus que o Evangelho seja anunciado para despovoar o inferno e povoar o céu, como se tudo dependesse da iniciativa do “cristianismo” para a salvação humana.

Nem ainda é objetivo de Jesus que o Evangelho seja anunciado para que os crentes sejam “glorificados” na Terra.

Nem ainda é objetivo de Jesus que o Evangelho seja anunciado para batizar pessoas usando muita ou pouca água.

Nem ainda é objetivo de Jesus que o Evangelho seja anunciado para que se discuta com os novos convertidos o resto da vida acerca de quem joio e quem é trigo.

Nem ainda é objetivo de Jesus que o Evangelho seja anunciado para criarmos impérios de comunicação cristãos.Nem ainda é objetivo de Jesus que o Evangelho seja anunciado para qualquer coisa que não seja a encarnação do bem do Evangelho no coração das pessoas.

O Evangelho é a noticia de Deus aos homens, a saber: que Deus estava em Cristo reconciliando consigo mesmo o mundo todo.

O Evangelho, portanto, antes de tudo é Reconciliação.Sim! É Reconciliação do homem com Deus, consigo mesmo e com o próximo, mesmo que o próximo seja inimigo, pois, assim como Deus se reconciliou conosco sendo nós inimigos de Deus no entendimento e nas praticas de obras perversas e alienadas, ainda assim Ele nos amou e nos ama, e, unilateralmente se reconciliou conosco.Se a pregação gera isto como vida, então é o Evangelho que se está pregando. Mas se não gera, ou é porque quem ouve não quer ou não entende; ou, então, é porque não é o Evangelho que está sendo pregado. 

O Evangelho ensina tudo, menos uma religião. Aliás, desde que João disse que na Nova Jerusalém não há santuário que ficamos sabendo que o Evangelho é ateu de religião.É simples assim.

O Evangelho é o bem das ovelhas de Jesus em todos os outros apriscos.Ora, o Evangelho pode ser o bem de Jesus até para cristãos, quanto mais para todos os homens.É ou não é?


Caio

sexta-feira, 1 de junho de 2012

HOJE e MOMENTO

HOJE e MOMENTO...

Hoje existe!


Momento eu sei, mas já não é!


Hoje dá tempo...


Tempo de Oportunidade...


Tempo de Metanóia...


Tempo de de-cisão!


Momento quando é, já foi...


Momento é reflexo...


Momento é apenas depois de eu poder detê-lo...


Hoje é tempo!


Momento é no tempo!


Hoje é do homem!


Momento é de Deus!


Hoje é história...


Momento é eterno... — portanto, para além de mim.


Hoje, posso...


Momento, não posso...


Hoje é Dia!


Momento existe quando eu não o vejo, e quando o vejo já não
é!



Hoje é possível, mas o momento é impossível!


Sim, o momento é a história indizível dos meus instantes!


Hoje é Graça de Deus feita de bilhões de instantes em
sequencia, quando me é possível responder às oportunidades!



Momento existe, mas só o percebo como um passado que não
percebi quando veio e passou!



Faça dos seus momentos uma boa sequencia que crie um bom
Hoje!



Dê sentido aos seus Momentos e você terá um Hoje; dê sentido
aos seus Hojes e você terá uma vida; dê sentido à sua vida, e seus Momentos
serão alimentos do seu Hoje!



Bom Hoje de bons Momentos na sua Vida!


Caio


http://caiofabio.net

terça-feira, 29 de maio de 2012

QUE TEMPOS

QUE TEMPOS!

  Quando comecei a pregar no início da década de setenta eu olhava para tras, para os milhões que antes tinham dado tudo de si para fazerem a memo coisa que eu então começava a fazer, e ficava com vergonha.VERGONHA de ir de cargo ou de avião; vergonha de usar o radio e a televisão; vergonha de toda a proteção garantida na Constituição; vergonha de ter um sistema de Correios tão rapido; vergonha de tanto conforto de bone auditorios, teatros, praças, ginasios e estadios; vergonha de outdoors, cartazes, chamadas mas mídias em geral; vergonha de tudo ser to facil, e, apesar disso, poucos aparentemente perceberem isto.
ESTA FOI UMA DAS RAZÕES PELAS QUAIS CORRI TANTO!
Era to facil que eu tinha vergonha de far menos do que poderia!
Então vivo como aqueles que em amo de eleições presidenciais se dedicam como candidatos a ganharem o pleito. Assim, for am quase três decadas de pregações e um ritimo frenetico de viagens no Brasil e em volta do planeta.
HOJE, quando vejo que não tenho que sair da cadeira pra fazer quase a mesa coisa (digo "quase" porque já coisas que vc só realiza in loco)-- fico com mais vergonha ainda.
TAMBÉM SINTO VERGONHA DESTA GERAÇÃO que tem tudo to facilitado, mais e muito mais do que quando comecei, mas que proporcionalmente oferece to menos do que é possivel.
MENOS NO TEMPO DO MAIS!
Esta é a tragédia!
Sim, pois de comunicação à doação nunca nada antes foi to facil realizar: sem falar que nunca foi to simples, acessível e barato.
QUANTO MAIS FACIL, MAS FRACOS!
É a SINDROME DO PLAYBOY!
É como aqueles que ficaram ricos por term ganhado uma herança!
SOMENTE O TRABALHO nos fazer entender o significado de cada coisa!
É por esta razão que chamo esta geração de ALGODÃO DOCE. Sim, é gostosa, ta to quanto é fragil e sem consistencia para o existir; e menos ainda para o viver as implicações do DISCIPULADO DE JESUS!
USE AS FACILIDADES, mas não se limite a elas. Escolha também realizar coisas que vc julgue PRIMITIVAS, pois serão essas últimas que darão carnegão, tutano e força ao ser.
TECLE tambem com os pés andando para a cada de doentes, pobres e necessitados. TECLE com abraços, acolhendo PRESENCIALMENTE os marginalizados. TECLE com atos distantes da Internet e do computador, pois, assim, vc não perderá o real significado da dor e do existir humano.
PENSE NISTO e reorganize o sentido da sua vida e os potenciais do seu existir!
UM GRANDE BEIJO!
ESTA FOI UMA DAS RAZÕES PELAS QUAIS CORRI TANTO!Era to facil que eu tinha vergonha de far menos do que poderia!Então vivo como aqueles que em amo de eleições presidenciais se dedicam como candidatos a ganharem o pleito. Assim, for am quase três decadas de pregações e um ritimo frenetico de viagens no Brasil e em volta do planeta.HOJE, quando vejo que não tenho que sair da cadeira pra fazer quase a mesa coisa (digo "quase" porque já coisas que vc só realiza in loco)-- fico com mais vergonha ainda.TAMBÉM SINTO VERGONHA DESTA GERAÇÃO que tem tudo to facilitado, mais e muito mais do que quando comecei, mas que proporcionalmente oferece to menos do que é possivel.MENOS NO TEMPO DO MAIS!Esta é a tragédia!Sim, pois de comunicação à doação nunca nada antes foi to facil realizar: sem falar que nunca foi to simples, acessível e barato.QUANTO MAIS FACIL, MAS FRACOS!É a SINDROME DO PLAYBOY!É como aqueles que ficaram ricos por term ganhado uma herança!SOMENTE O TRABALHO nos fazer entender o significado de cada coisa!É por esta razão que chamo esta geração de ALGODÃO DOCE. Sim, é gostosa, ta to quanto é fragil e sem consistencia para o existir; e menos ainda para o viver as implicações do DISCIPULADO DE JESUS!USE AS FACILIDADES, mas não se limite a elas. Escolha também realizar coisas que vc julgue PRIMITIVAS, pois serão essas últimas que darão carnegão, tutano e força ao ser.TECLE tambem com os pés andando para a cada de doentes, pobres e necessitados. TECLE com abraços, acolhendo PRESENCIALMENTE os marginalizados. TECLE com atos distantes da Internet e do computador, pois, assim, vc não perderá o real significado da dor e do existir humano.PENSE NISTO e reorganize o sentido da sua vida e os potenciais do seu existir!UM GRANDE BEIJO!

quinta-feira, 24 de maio de 2012

Um olhar bom




luz do corpo é o olho: se, portanto, teus olhos forem bons, todo teu corpo se encherá de luz, Mas se teus olhos forem maus, todo o teu corpo será tenebroso. Se, portanto, a luz que em ti há são trevas, quão grandes [é] que a escuridão!


O versículo começa com uma condicional que enfatiza a afirmação “ se seus olhos forem bons, todo seu corpo será luminoso”
Quando se fala sobre os olhos bons, podemos ficar pensando que são os olhos físicos, mas o texto fala sobre o modo de perceber o mundo nos cerca, o texto não fala que se seus olhos não tiverem catarata, glaucoma, conjuntivite, todo corpo seu corpo estará bem, fala que se o seu olhar for bom todo seu ser e como consequência o mundo ao seu redor será ótimo, olhar como modo de ver a vida, e para ter um bom olhar da vida podemos ser até cegos.

O homem deve perceber o mundo que o cerca, tentar observar tudo que esta ao seu redor e fazer uma leitura, fazer uma leitura da situação para ter uma opinião embasada da e uma avaliação geral de tudo, porém tem um grande perigo no caminho, que tipo de olhar nós temos tido? Será um olhar bom ou um olhar ruim?

Existem momentos que nossa visão esta bloqueada pelas grades da vida,
algumas grades da vida são para uns e não é para outros, alguns se limitam por causa da idade pensam que não podem fazer algo porque a idade não permite, exemplo contrario a este pensamento é Neymaier que alcançou grandes coisas com muita idade.

As vezes temos complexos, Um complexo pode ser provocado por vários motivos, reais ou irreais como por exemplo um defeito físico, uma situação econômica ou social difícil, ou simplesmente pela recordação de um fracasso perante um obstáculo que não foi possível vencer.

A partir dos complexos geramos projeções a nossa volta que podem transformar a nossa existência em um pesadelo.

Um dos nossos problemas é a projeção

Segundo Freud, a projeção é um mecanismo de defesa psicológico em que determinada pessoa "projeta" seus próprios pensamentos, motivações, desejos e sentimentos indesejáveis numa ou mais pessoas.

Para entender o processo, podemos considerar uma pessoa que tem pensamentos de infidelidade durante um relacionamento. Em vez de lidar com tais pensamentos indesejáveis de forma consciente, o indivíduo projeta subconscientemente esses sentimentos no parceiro, e começa a acreditar que o outro é que tem pensamentos de infidelidade ou, até mesmo, que ele/ela tem outros "casos"

Quando os espias voltaram a Cades, informaram a Moisés: ‘É realmente um país excelente.’ E para provar isso, mostraram a Moisés algumas frutas. Mas, 10 espias disseram: ‘O povo que mora por lá é grande e forte. Seremos mortos, se tentarmos tomar o país.’
Os israelitas ficaram com medo ao ouvirem isso. ‘Teria sido melhor morrermos no Egito, ou mesmo no ermo’, disseram. ‘Morreremos em batalha, e nossas esposas e filhos serão capturados. Vamos escolher outro líder, em lugar de Moisés, para voltar ao Egito!’
Mas, dois dos espias confiaram em Jeová e tentaram acalmar o povo. Eram Josué e Calebe. Disseram: ‘Não tenham medo. Jeová está conosco. Será fácil tomar a terra.’ Mas o povo não quis escutar. Até quiseram matar Josué e Calebe.

quando tomamos consciência que estamos sendo dominados por um modo errado de ver as coisas temos que parar para pensar.
nesses momentos temos que seguir a recomendação do apostolo Paulo para renovação da nossa mente e assim tentar mudar o foco do nosso olhar e renovar nossa mente, acontece que temos um olhar errado porque vemos de forma errada e o responsável por isso é nossa mente que também tem uma logica equivocada e com uma receita desta nada será bom ao nosso redor


Pr. Morestino Elias Neto